Inteligência artificial e excesso de dados desafiam a mensuração na comunicação corporativa

No episódio 151 do podcast FalAção – segundo da série especial sobre mensuração promovida pelo Comitê de Cultura de Dados e Mensuração da Comunicação –, o debate gira em torno de como a inteligência artificial está redesenhando o cenário da análise de dados e da mensuração de resultados na comunicação corporativa. Com mediação de Felipe Curcio, da Intel, o episódio reúne Suzel Figueiredo, da Indicafix e Ideiafix; e Frederico Franz, da Bracell, para uma conversa sobre os desafios da área diante de um volume crescente de dados e da popularização das novas tecnologias.
Para Franz, a inteligência artificial está entre as tecnologias que realmente transformam a forma como enxergamos e operamos o mundo. E essa transformação impacta diretamente a prática comunicacional. “É uma ferramenta que nos ajuda, nos faz ganhar tempo, nos faz ganhar eficiência e ajuda muito a fazer uma coisa que é consumidora de tempo, que é a análise de grandes quantidades de dados”, explicou.
Ele destacou ainda que, em ambientes digitais, os dados são abundantes, e a capacidade de interpretá-los bem se torna determinante para decisões estratégicas: “Quanto mais e melhor a gente puder acessar e analisar essa grande quantidade, melhores decisões a gente vai tomar”, concluiu.
Suzel Figueiredo, por sua vez, chamou atenção para um problema estrutural que antecede o avanço da IA: a falta de familiaridade dos profissionais de comunicação com a lógica e a gestão de dados. Ela argumenta que o problema não está na escassez de informações, mas na capacidade de identificar e interpretar o que realmente importa. “Não faltam dados. A gente tem problema de análise de dados. De olhar para os dados corretos que vão fazer sentido para aquilo que eu preciso”, afirmou. Segundo Suzel, essa lacuna está relacionada à formação dos profissionais da área, mais técnica do que gerencial, e também à ausência de uma cultura sólida de planejamento. “Se eu não tenho um bom planejamento, eu não vou ter boa mensuração de resultados.”
A abundância de ferramentas disponíveis, como destacou Franz, também não resolve a equação. Para Suzel, o excesso de soluções tecnológicas pode até atrapalhar: “Com cada vez mais dados, é difícil olhar para os dados certos”, resumiu ela.
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