Liderar a revolução da IA ou assistir de longe?

No mundo de hoje, com mais de 4,7 bilhões de pessoas interagindo com tecnologias de Inteligência Artificial (IA), a pergunta que surge não é mais se a IA vai transformar o mercado, mas como sua empresa vai liderar essa transformação. De assistentes virtuais a recomendações personalizadas de produtos, a IA já faz parte do cotidiano de todos nós. Mas, do ponto de vista de negócios, aqueles que não se adaptarem à revolução da IA ficarão à margem do futuro. Para os líderes empresariais, a questão central não é apenas entender a tecnologia, mas decidir como incorporá-la às estratégias de negócios e reputação. CEOs e CMOs precisam enxergar a IA como um ativo de liderança e não como mais uma ferramenta de marketing.
Essa não é uma questão de adoção de novas ferramentas apenas; é uma questão de adaptação ao novo paradigma. CEOs e CMOs já compreenderam que a inovação tecnológica não é uma simples tendência e ela redefine a forma como as empresas operam, como se conectam com os consumidores e como se posicionam no mercado.
A Nova Era Digital: Generative Engine Optimization (GEO)
Em meio a essa revolução, surge uma nova fronteira da otimização digital: o Generative Engine Optimization (GEO). Não se trata mais de melhorar o ranking nos motores de busca tradicionais, como o SEO. O GEO vai além, criando conteúdo que é projetado para ser citado diretamente nas respostas geradas por IAs como o ChatGPT, Claude e Gemini. Em vez de se preocupar apenas com palavras-chave, o GEO foca em clareza, estrutura e fontes confiáveis e essencial para garantir que as marcas sejam visíveis nas respostas automáticas, sem depender de cliques.
Imagine um cenário em que os consumidores, ao interagir com IAs, buscam respostas rápidas e precisas. A capacidade de garantir que sua marca seja mencionada nessas respostas será vital para manter a relevância e a visibilidade. O GEO não é uma simples evolução do SEO; é uma necessidade estratégica para garantir que as empresas permaneçam no radar das IAs, que agora dominam a comunicação digital.
GEO vs. SEO: a mudança do jogo
Tradicionalmente, o SEO buscava posicionar páginas nas primeiras posições dos motores de busca. Agora, o GEO trabalha para ser visto nas respostas automáticas das IAs. A principal diferença? O SEO precisa atrair cliques, enquanto o GEO visa garantir visibilidade instantânea. Esta mudança na dinâmica exige que os CEOs e CMOs repensem suas estratégias de marketing digital.
| Aspecto | SEO (Search Engine Optimization) | GEO (Generative Engine Optimization) |
| Objetivo | Melhorar ranking em páginas de busca | Aumentar visibilidade nas respostas de IA
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| Foco | Palavras-chave e links externos | Clareza, estrutura e fontes confiáveis |
| Estratégia | Otimizar páginas web para algoritmos de busca |
Otimizar conteúdo para modelos de linguagem
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| Exemplos de plataformas | Google, Bing | ChatGPT, Claude, Gemini, Perplexity |
Na prática, já vemos empresas globais e marcas adaptando conteúdos para que sejam captados por sistemas de IA, não apenas por buscadores. No Brasil, bancos e varejistas começam a testar estratégias de GEO em FAQs e conteúdos institucionais para garantir que suas marcas apareçam nas respostas de IA generativa. Mas, como toda mudança disruptiva, a implementação do GEO não é uma fórmula mágica. A eficácia do GEO depende da qualidade dos dados, da ética na criação de conteúdo e da transparência nos processos. CEOs e CMOs devem garantir que as equipes estejam preparadas para investir não apenas em tecnologia robusta, mas também em uma abordagem estratégica ética.
O impacto da IA no comportamento do consumidor
A maneira como os consumidores interagem com as marcas também está mudando. De acordo com um estudo da LLYC, 52,5% dos consumidores confiam mais nas IAs do que em influenciadores, e G0% dos jovens buscam produtos com IA. O GEO surge como uma resposta direta a essa mudança no comportamento do consumidor. Empresas que não se adaptarem a essa nova realidade, não sendo otimizadas para IA, correrão o risco de perder a atenção dos consumidores conectados e engajados.
O GEO é essencial para garantir que as empresas não percam a relevância, pois a IA se torna cada vez mais central na experiência do cliente.
Em um mundo onde a IA já influencia as percepções de marca, a transparência tornou-se fundamental. A forma como uma empresa usa a IA: com ética, responsabilidade e respeito à privacidade, será determinante para a confiança que os consumidores depositam nela. As ferramentas de IA estão ajudando as empresas a monitorar sua reputação em tempo real, respondendo rapidamente a crises e ajustando sua comunicação.
A verdadeira liderança na era da IA exige mais do que a compreensão da tecnologia. Exige uma abordagem estratégica, com a capacidade de orquestrar de forma eficaz tanto as equipes humanas quanto as máquinas. CEOs e CMOs precisam ter a mentalidade de que a IA não é apenas uma ferramenta a ser utilizada, mas um motor de inovação contínua. Gerenciar essa transformação é o grande desafio dos líderes empresariais hoje.
Assim, aqueles que decidirem liderar a revolução da IA agora estarão moldando o futuro. Aqueles que ficarem para trás, assistirão à transformação de longe e perderão terreno no mercado.
O Caminho para a Relevância
A adaptação à IA é crucial para garantir não apenas a sobrevivência no mercado, mas também para prosperar. Investir em IA generativa, otimizar conteúdos para as plataformas de IA, e garantir que a empresa tenha um compromisso ético com a transparência, será a chave para o sucesso. O GEO não é uma tendência passageira — é uma necessidade estratégica. Como CEOs e CMOs, liderar a mudança e aproveitar as vantagens da IA é uma questão de não apenas ganhar vantagem competitiva, mas também de assegurar uma reputação sólida e sustentável.
O futuro digital será definido não apenas por aqueles que adotam novas tecnologias, mas por quem sabe liderar. O GEO está aqui para redefinir a forma como as empresas serão encontradas e recomendadas no novo cenário digital. Os líderes que se prepararem agora não apenas se destacarão, mas serão lembrados como aqueles que ajudaram a moldar o futuro da IA. Se sua empresa não lidera, ela ficará para trás. A revolução da IA já começou. A liderança em IA, portanto, não é apenas tecnológica: é reputacional, estratégica e cultural. As empresas que assumirem esse protagonismo agora não apenas conquistarão espaço de mercado, mas também ditarão os padrões de confiança e inovação que moldarão a próxima década.
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