Insights para uma comunicação mais eficiente para o agro

Publicado originalmente no LinkedIn em 04 de abril

Essa semana, nós da Amaggi em conjunto com Yara Brasil e Aberje realizamos em Cuiabá um evento voltado para profissionais de comunicação e marketing, além de estudantes, influenciadores e pessoas que atuam no dia a dia da comunicação do agronegócio e para o agro. Além do rico debate com especialistas da área (Daniel Escobar pela AMAGGI; Thiago Coletti da Yara; Cláudia Luz e Nicholas Vital), tivemos o lançamento do livro: ‘Guia de Comunicação para o Agronegócio’, do Nicholas Vital e publicado pela Aberje.

Foi um evento incrível, com auditório lotado. A participação ativa dos presentes comprova que o tema atrai público interessado em aprender, dialogar, tirar dúvidas, alinhar expectativas, trocar experiências.

Trago aqui alguns insights:

1) Aumento crescente de profissionais atuando na comunicação agro. As equipes próprias de Comunicação das empresas têm crescido nos últimos anos. Pesquisa da Aberje comparou o número de funcionários que as empresas tinham em 2019 e depois em 2023. Em 2019, das empresas entrevistadas, 50% delas informaram ter até 3 funcionários ‘tocando’ o departamento. Em 2023, esse número mudou, reduzindo as equipes pequenas e aumentando as equipes compostas por mais de 15 pessoas.

2) Grandes números sozinhos não sensibilizam. Apesar de ser um setor economicamente pujante na economia brasileira (VPB, PIB, entre outros indicadores comprovam isso). Frequentemente, o agro é retratado na ‘grande mídia’ apenas como desmatador, explorador, depredador… Não estou aqui dizendo que não há problemas no setor, mas há muita coisa boa a ser mostrada e que vai além dos ‘big numbers’. A sociedade em geral não consegue ‘comprar’ um discurso baseado somente em dados. O que nos leva ao próximo insight.

3) É preciso humanizar a Comunicação. Há inúmeras formas de você mostrar o quanto o agro tem relevância no nosso dia a dia, sem precisar lançar mão do discurso que muitas vezes soa arrogante, como: ‘agradeça a um produtor se você comeu hoje’. E algumas empresas já entenderam isso. O Nicholas trouxe vários exemplos bacanas. Inclusive um case nosso, de diversidade, mas isso eu conto em outro post..rs

4) Marketing e Comunicação não são a mesma coisa. Quem é da área tá careca de saber, mas ainda há bastante confusão e falta de informação. Resumidamente: marketing vende (gera lucro/receita) e comunicação gera reputação, reconhecimento de marca. Uma coisa não exclui a outra, na verdade são complementares. Na AMAGGI, nosso departamento agrega as duas áreas, pois entendemos a sinergia e complementariedade entre elas.

5) É preciso furar a bolha. Outro ponto bem debatido foi como podemos expandir a comunicação para fora do universo agro. E aí a Yara trouxe um case fantástico deles do ‘Manual do Mundo’, que já tem quase 1 milhão de visualizações e explica didaticamente como o fertilizante é produzido. Um conteúdo técnico foi transformado em algo de fácil entendimento. Não viu ainda? Confere aqui.

Por fim, o último insight que trago é uma frase que a Cláudia Luz trouxe: conheça o público do segmento com quem você precisa se comunicar. O agro é composto de muitos outros agros dentro dele. Produtor de soja não é tudo igual, assim como advogado, engenheiro, jornalista etc. Temos microuniversos dentro de um mesmo agro. Por isso é importante planejamento e estratégia. A mensagem tem que ser direcionada para cada perfil e tipo de público que você precisa alcançar.

E parabéns, se você leu até aqui é porque de fato tem interesse em saber mais sobre esse vasto mundo da Comunicação Agro. Teve muito mais coisa bacana no encontro. Dicas, reflexões e conteúdos valiosos. Se você não pode participar, fique ligado que quem sabe em uma próxima você consegue!

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

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