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23 de julho de 2025

Entre Pontífices e Engenheiros do Abismo

Paulo Nassar

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Publicado originalmente no site da Global Alliance

No cenário geopolítico contemporâneo, onde a interdependência deveria nos unir, voltamos a ver crescer muros invisíveis, mas profundamente reais.

Tarifas econômicas se multiplicam como trincheiras erguidas contra o espírito da cooperação. Em vez de abrirmos mercados, abrimos feridas. Em vez de fomentarmos o comércio justo, fomentamos o medo do outro.

A lógica do protecionismo selvagem esconde o ressurgimento de uma velha figura: o demolidor de pontes. Ele veste paletó de chefe de Estado, mas age como arquiteto do abismo. Desfaz acordos, sabota organismos multilaterais e impõe tarifas não como instrumento de equilíbrio, mas como arma de intimidação.

O comércio deixa de ser ponte entre povos e se torna instrumento de separação. A Organização Mundial do Comércio, o multilateralismo e as normas compartilhadas são tratadas como entraves, quando na verdade são alicerces da estabilidade global.

A promessa de um mundo interconectado, com cadeias de valor que transcendiam fronteiras, vem sendo desconstruída passo a passo. Em nome da chamada segurança econômica, reerguem-se barreiras. A antiga fluidez entre continentes transforma-se em um jogo de desconfiança, onde cada elo teme o outro.

A interdependência, que deveria ser sinônimo de resiliência e cooperação, é agora apresentada como fraqueza. Mas a verdadeira fragilidade está na fragmentação. Não é fortalecendo muros que protegeremos economias. É fortalecendo vínculos. O mundo não precisa de economias fortificadas. Precisa de economias conectadas.

Assistimos também ao ressurgimento de uma retórica perigosa: a do nacionalismo econômico desenfreado. Ela se disfarça de proteção ao trabalhador, mas isola o consumidor. Se diz defensora da produção nacional, mas enfraquece a competitividade. Esse modelo fecha portas, sabota pactos e transforma o parceiro comercial em adversário estratégico.

A lógica do “cada um por si” pode parecer confortável no discurso doméstico, mas é desastrosa no plano global. Nações que hoje impõem tarifas, amanhã enfrentarão retaliações. O ciclo da desconfiança é tão previsível quanto destrutivo.

Quando as maiores potências optam por medidas unilaterais, por sanções econômicas e tarifas punitivas, o mundo inteiro sente o tremor. A balança comercial global não é um jogo de soma zero. É um ecossistema delicado. E quando acordos longamente negociados, como os que unem blocos distantes, América do Sul e Europa, por exemplo, são travados por pressões internas ou interesses protecionistas, a ponte entre os hemisférios se desfaz antes mesmo de ser atravessada.

O comércio deve ser ferramenta de reconciliação, não de barganha política.

Diante desse cenário, cabe destacar um ator muitas vezes negligenciado, mas absolutamente essencial: o comunicador. Jornalistas, relações-públicas, publicitários, professores, diplomatas, educadores, pensadores e formadores de opinião carregam hoje a responsabilidade de também serem construtores de pontes. Em tempos de ruído e distorção, comunicar com clareza, profundidade e responsabilidade é um gesto político. É por meio da palavra que se constroem as condições para o entendimento. É por meio da escuta que se preserva a possibilidade de um acordo.

A diplomacia econômica precisa de coragem. De visão. De líderes que pensem além dos ciclos eleitorais e enxerguem o comércio como uma alavanca para a paz. Tarifas, sanções e barreiras não podem ser o novo idioma da geopolítica.

Precisamos retornar ao léxico da cooperação, da interdependência responsável, da confiança negociada. O multilateralismo não é ingênuo. É estratégico.

E mais do que nunca, o mundo precisa de pontífices econômicos. Líderes que saibam construir pontes entre o capital e o trabalho, entre as nações e os blocos, entre o crescimento e a justiça.

Porque o verdadeiro progresso não se impõe. Ele se compartilha. E onde há ponte, há possibilidade.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Paulo Nassar

Diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje); professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP); doutor e mestre pela ECA-USP. É coordenador do Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN), da ECA-USP e pesquisados no campo da interface entre Comunicação e Antropologia. Docente de mestrado e doutorado (PPGCOM ECA-USP) desde 2006, onde ministra, juntamento com o Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias, a disciplina stricto sensu “Memórias Rituais, Narrativas da Experiência”. Pesquisador da British Academy (University of Liverpool) – 2016-2017. Entre outras premiações, recebeu o Atlas Award, concedido pela Public Relations Society of America (PRSA, Estados Unidos), por contribuições às práticas de relações públicas, e o prêmio Comunicador do Ano (Trajetória de Vida), concedido pela FundaCom (Espanha). É coautor dos livros: Communicating Causes: Strategic Public Relations for the Non-profit Sector (Routledge, Reino Unido, 2018); The Handbook of Financial Communication and Investor Relation (Wiley-Blackwell, Nova Jersey, 2018); O que É Comunicação Empresarial (Brasiliense, 1995); e Narrativas Mediáticas e Comunicação – Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional (Coimbra University Press, Portugal, 2018).

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