O Impeachment de Dilma e o nosso jeitinho de criar incertezas
Acabou o julgamento de Dilma Rousseff no Senado, Michel Temer assumiu o poder em definitivo. Se o Impeachment de Dilma entrará para a história como um golpe ou como um processo legítimo ainda é cedo para afirmar. As duas versões ecoam pelo mundo, o que me leva a crer que mesmo que a versão da legitimidade se sobreponha historicamente à versão do golpe, ela nunca será tida como uma verdade absoluta.
Legítimo ou não, com o Impeachment de Dilma, o Brasil confirma para o mundo que somos o país do jeitinho. Que quando queremos, arranjamos até um jeitinho de tirar do poder uma pessoa eleita democraticamente para o mais alto cargo do país, o de presidente da república. Eu, que nunca votei em Dilma, me espanto com como as regras do jogo podem ser mudadas com a bola em campo. Nunca na história do país incompetência foi resolvida com Impeachment, estamos “inovando”. E estamos fazendo isso com uma cara de pau absurda. Pessoas até ontem aliadas, hoje são opositoras do governo, corruptos bradam em nome da lei. Seria cômico se não fosse trágico. A justificativa “comovente” de Renan Calheiros para votar contra a cassação dos direitos políticos de Dilma foi uma síntese dos nossos políticos. Ele até aceita ser chamado de golpista, mas cruel jamais.
Em meio a isso tudo, me pergunto: e a reputação do Brasil, sendo representado por estes políticos, como fica? “Na chon!”
Se ainda não sabemos qual versão entrará para a história, de uma coisa não tenho dúvidas: o Impeachment de Dilma aumenta o grau de incerteza das pessoas em relação ao Brasil em todas as áreas.
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