Cadê o respeito ao outro, comunicador?

Eu não queria escrever sobre a falta de respeito ao outro por parte dos comunicadores. Mas o acirramento do ódio nas redes sociais e o crescente dualismo me levam a fazê-lo. E se decidi escrever este post foi pensando nas empresas e no risco embutido na contratação de profissionais de comunicação sem empatia e sem respeito ao próximo, características tão importantes para quem trabalha com pessoas. Deixo claro a quem imaginar que se trata de campanha contra fulano ou beltrano que não acredito que exista alguém perfeito. Também tenho os meus defeitos. A questão é qual o impacto dos nossos defeitos no trabalho que desenvolvemos.
Praticamente todos os dias eu me deparo com comentários ou posicionamentos de pessoas que trabalham com comunicação corporativa nas redes sociais em que faltam respeito e empatia pelo que é diferente. São comentários machistas, preconceituosos, elitistas na pior concepção da palavra, que dividem pessoas entre as que valem a pena na vida e as que não servem nem para limpar banheiro, que reduzem a mulher à sua beleza física, que resumem os fãs de Romero Britto, Paulo Coelho ou de Música Sertaneja a alienados, que afirmam que os eleitores do Zé Mané qualquer da vez deveriam explodir. Pesado, não é?
Quando vejo esses comentários e posicionamentos me pergunto como estas pessoas trabalham com comunicação nas empresas, se as empresas são ambientes, teoricamente, tão plurais. Como a pessoa faz um trabalho sério para alguém que ela intimamente acha que deveria explodir, que é alienado, que não vale a pena na vida ou que não serve nem para limpar banheiro?
Eu também tenho os meus momentos de indignação e desabafo nas redes, este é um deles. Falo da campanha tosca do coleguinha, não entendo como mulheres defendem Donald Trump etc. Mas há uma diferença entre o desabafo, o questionamento, e o ódio corriqueiro ao diferente. O ódio corriqueiro ao diferente é aquele que machuca, que exclui, que menospreza, que ridiculariza.
2017, gente! 2017 e as pessoas ainda sem conseguir entender que o outro é o outro? E que há lugar no mundo para todos? 2017 e as pessoas ainda agindo como se o outro fosse uma ameaça, um inimigo. Por que tanto medo do diferente? O diferente pode ser legal, pode ampliar a sua visão de mundo. Ou não. Mas até um relógio parado está certo duas vezes por dia. E só saberemos o que o outro tem a oferecer se interagirmos com ele. Que possamos aprender e dialogar com o outro para um mundo melhor.
Preconceitos todos temos. Mas vamos ficar alertas a eles, vamos minimizar a força dos nossos preconceitos. Vamos nos abrir.
Como é possível dialogar se a pessoa acha que a outra não vale na vida? Esse desprezo ao outro, ao diferente, é a base de muitas crises.
ARTIGOS E COLUNAS
Thaís Naldoni De “Brainrot” a Business Intelligence, o que o YouTube pode ensinar à Comunicação InternaLeila Gasparindo Geração Z e diversidade: uma contribuição inédita para a evolução da comunicação organizacionalLuis Alcubierre Reputação na era da desconfiança: o que está mudando na Comunicação
Destaques
- Aberje publica Termômetro Especial com análise da comunicação na COP30
- Em entrevista para portal Carta da Indústria, Paulo Nassar destaca importância da memória corporativa
- Prêmio Aberje 2025 destaca iniciativas de comunicação corporativa e anuncia vencedores nacionais
Notícias do Mercado
- TIM tem nova estrutura na vice-presidência de Marca e Comunicação
- Sing Comunicação é a nova agência de RP para a ServiceNow no Brasil e México
- Novo posicionamento de marca da B3 traduz expansão do negócio e aproxima marca de diferentes públicos




































