
Desde que fundamos a Social Docs, já realizamos mais de 50 oficinas e talks e conversamos com mais de mil pessoas sobre os desafios e angústias da comunicação para causas sociais.
Se existe um tema que é recorrente em todas as nossas discussões é sobre como aproximar a causa ambiental da vida das pessoas. Praticamente todo mundo que trabalha com causa ambiental traz esse questionamento: como é que vou contar as histórias da floresta, como vou fazer as pessoas prestarem atenção em um tema que parece tão distante de suas vidas? Essa é uma discussão tão recorrente que sempre nos faz refletir muito sobre o tema.
Histórias são poderosas. Se existe uma coisa que uma boa história é capaz de fazer é gerar engajamento emocional na audiência. E isso acontece por dois motivos: a mensagem de uma história nos conecta de uma forma muito profunda (ouvimos e contamos histórias desde que nascemos); e uma história, que no final das contas precisa ter personagens, acaba sempre por humanizar o conteúdo. Ainda que os personagens possam não ser humanos (pense em Toy Story, Procurando Nemo e tantos outros), eles são sim humanizados.
A partir desse conceito de humanizar o conteúdo, nos surge a ideia de comunicar para além da floresta, da mata ou das praias. Quando pensamos nesses locais, precisamos sempre lembrar o que de mais próximo existe neles: gente como a gente. Pensar na floresta é pensar em pessoas que vivem da floresta. Pensar nas praias é pensar em gente que vive da pesca. Olhar o drama dessas pessoas aproxima muito a comunicação da audiência. Talvez uma pessoa comum, de cultura urbana (fora da bolha do impacto social) não se sensibilize por uma planta arrancada, por uma queimada, por uma praia poluída. Mas ela certamente pode se sensibilizar por uma vida injustiçada.
O vídeo abaixo é uma aula sobre humanizar a temática socioambiental. Vandécio Sebastião de Santana é só um dos milhares de exemplos de pessoas que estão sofrendo demais com a tragédia do óleo misterioso que apareceu no nosso litoral. Praticamente impossível não se sensibilizar com sua narrativa. Mas ele vai além. No final do depoimento ele ainda provoca VOCÊ. O problema, que claro que é dele, também deveria ser seu.
Vandécio é um ótimo exemplo daquilo que acreditamos ser muito eficiente na comunicação das causas ambientais: personagem verdadeiro, um drama real e um conflito muito sério a ser superado.
Os desafios de se comunicar causas são enormes e certamente não existe uma única resposta correta. Acreditamos que é importante que os comunicadores possam evoluir em suas narrativas para que, juntos, possamos furar cada vez mais a bolha e aproximar a causa ambiental de toda a população!
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