08 de março de 2021
BLOG Agenda 2030: Comunicação e Engajamento

A igualdade de gênero no mercado de trabalho: como estamos no atual cenário?

 

Em nosso calendário, desde 1975, o dia 8 de março ficou marcado como o “Dia Internacional da Mulher”. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e simboliza a luta histórica das mulheres por condições e direitos equiparados aos dos homens. Hoje, a reflexão vai muito além da igualdade salarial. Temas como o machismo, a violência doméstica, empoderamento e o feminismo também entraram na pauta dos assuntos mais comentados no mês de celebração à mulher.

A Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, elaborada pela ONU, tem como objetivo promover a erradicação global da pobreza. Para isso, apresenta 17 objetivos traçados para que todos os países e pessoas atuem com espírito de parceria a fim de fazer as melhores escolhas para impactar diretamente a vida das pessoas. Entre esses 17 objetivos está a igualdade de gênero, elencado na quinta posição da agenda e desdobrado em outros objetivos globais.

A ODS 5 é clara: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. A pergunta que fica é: será que estamos caminhando em direção a essa mudança?

Recentemente tive acesso a um relatório produzido pela Oxfam Brasil, organização que promove o fim das desigualdades, que apontou que apenas no ano de 2047 homens e mulheres terão os mesmos salários. Isso, é claro, se a tendência dos últimos 20 anos de incluir e promover a mulher no mercado de trabalho for mantida. Já o estudo realizado pelo Instituto Locomotiva aponta que a equiparação entre salários injetaria R$ 461 bilhões na economia brasileira.

Em 2020, a Mercer When Women Thrive apresentou um relatório sobre igualdade de gênero que analisou mais de 1.150 companhias em 54 países e o resultado aponta que 81% dos entrevistados afirmam ser importante valorizar e incluir a diversidade, porém apenas 42% têm uma estratégia desenvolvida e traçada para alcançar a equidade de gênero.

Por um mundo em que elas possam ser elas

Para incentivar organizações a desenvolverem estratégias a fim de incluírem e valorizarem a força de trabalho feminina, a ONU lançou, em parceria com o Pacto Global das Nações Unidas, o programa de Princípio de Empoderamento das Mulheres – Women’s Empowerment Principle (WEPs). A iniciativa promove eventos, debates e premiações para estimular empresas a incluírem a diversidade em seu quadro de colaboradores.

E dentro do cenário nacional, podemos trazer o nosso caso. A Vivara, ao longo dos seus quase 60 anos de história, sempre realizou um robusto trabalho de empoderamento feminino. Dentro desse cenário é importante destacar que, no ano passado, a empresa assinou os 7 princípios do Empoderamento Feminino da ONU e registrou, no ano, 88% dos cargos de liderança ocupados por mulheres.

Esse resultado foi conquistado de maneira orgânica e, inclusive hoje, 50% da nossa diretoria e 40% do conselho de administração são formados por mulheres, reforçando assim a importância do empoderamento feminino para todos nós.

Temos como papel na sociedade e, principalmente, no varejo, reforçar e salientar a importância da mulher no mercado de trabalho, por isso a valorização desse público se faz cada vez mais necessária. Extrapolar isso para fora da empresa é muito importante, por isso, neste ano, criamos a campanha “Histórias de Verdade | Mulheres V”. Selecionamos, por meio de concurso cultural interno, 12 colaboradoras para participarem de uma sessão de fotos com as joias da empresa em uma campanha que será exibida em todas as mídias digitais da marca.

Com essa ação e outras ações é possível valorizar e empoderar nossas mulheres, que estão cada vez mais presentes, e possuem um papel fundamental em todo o nosso processo.

O mercado, como um todo, precisa colaborar para que mais e mais mulheres sejam incluídas, capacitadas e empoderadas em sua força de trabalho. É necessário buscar melhorias para ser uma parte integrante positiva da estatística de equidade de gênero em âmbito organizacional. Temos a esperança e precisamos atuar para que a vida das mulheres seja positivamente impactada nesta e nas próximas gerações, para que o futuro seja melhor para todos, sem distinção.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Carla Sauer

Possui mais de 20 anos de atuação em Recursos Humanos. Estudou Ciências da Computação na Universidade Federal de Santa Catarina, com pós-graduação em Marketing na ESPM, MBA em Administração no Insper e MBA de Recursos Humanos na FIA. Em sua trajetória atuou no Banco Nacional/Unibanco, Sodexo, HEINEKEN, e hoje é Diretora de Gente e Gestão na VIVARA. É Coach Executivo e de Carreira, e Conselheira Certificada IBGC, onde integra a Comissão de Pessoas.

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