Aberje Editorial lança o livro “Comusicação – O Som do Sucesso”, de Adolfo Corujo
Sócio da LLYC, especialista em gestão e músico, autor traz perfis de grandes personagens da música e faz paralelos com os desafios de gestores e profissionais corporativos
O livro Comusicação – O Som do Sucesso, de Adolfo Corujo, sócio da LLYC e especialista em gestão da transformação do negócio, foi lançado pela Aberje Editorial no dia 2 de julho, em um encontro que contou com a presença do autor, de Luiz Eduardo Serafim, head de Marca e Comunicação da 3M; Hamilton dos Santos, diretor-geral da Aberje; e com mediação do jornalista e editor da obra Jeferson de Sousa.
A obra traz 18 perfis de grandes personagens da música – como Bob Dylan, Joni Mitchell, Bruce Springsteen, Marvin Gaye, Bob Marley, João Gilberto –, com suas anedotas, percalços, êxitos e fracassos, e lhes dá uma nova perspectiva – a de empreendedores e gestores encarando decisões muito semelhantes àquelas que os profissionais da esfera corporativa enfrentam no dia a dia. E com essa “aula musical” o autor mostra em detalhes quais sãos os passos a serem seguidos, ou evitados, para se alcançar o sucesso.
Na abertura do evento, o diretor-geral da Aberje Hamilton dos Santos comenta que o livro surge num momento muito especial para a Aberje pois vem contribuir para a qualidade e também para a quantidade do catálogo de livros da Aberje Editorial, que vem lançando cerca de cinco obras por ano. “É um livro surpreendente porque olha o músico como uma empresa, como uma instituição, podemos perceber as disciplinas com as quais lidamos todos os dias, como elas se comportam na vida dos músicos, seja de uma banda, seja de um músico solo, a questão do relacionamento e da comunicação com um pano de fundo musical. É um livro muito rico no sentido de trazer experiências e ensinamentos para o comunicador”.
Ao se apresentar, Corujo, que é guitarrista, revela que cresceu numa família que sempre conversou sobre tudo, como cinema, política, jornalismo e que a música sempre teve um papel importante e que já no primeiro dia de faculdade de comunicação acabou conhecendo o baixista e o baterista que até hoje, 27 anos depois, tocam com ele em sua banda de rock. “Para mim, a carreira na Comunicação começou praticamente no mesmo momento que a trajetória de reunir amigos para tocar”, conta. “A música e a comunicação no meu caso são duas questões que sempre estiveram conectadas. No livro quis mostrar que os músicos são empreendedores, eles tiveram que criar os seus projetos para alcançarem as suas metas e, nesse processo, também desenvolveram muitas ferramentas no que chamamos de comunicação empresarial”, complementa o autor.
Luiz Eduardo Serafim é pianista e contou que também cresceu numa casa com muito estímulo musical e que, ao ler o livro, percebeu que vários artistas nascem dentro de uma moldura, assim como muitas organizações, que são engessadas. “Em algum momento de suas vidas, esses artistas querem soltar a sua voz autêntica e ter controle sob suas obras, como Steve Wonder, por exemplo. E isso exige coragem e autenticidade”, comenta.
Na visão de Corujo, muitas vezes as organizações e os diretores de comunicação são responsáveis pela perda de autenticidade. “Queremos proteger tanto a empresa e o seu legado que perdemos autenticidade e parte dessa autenticidade é mostrar as próprias carências que temos como organização, que podemos cometer falhas. Muitos desses músicos tentaram não cometer erro nenhum nos primeiros anos de suas carreiras, como Marvin Gaye”, exemplifica. “Eram estruturas pensadas para o sucesso, então eles não se permitiam falhar até o momento que perderam a sua autenticidade. Assim como alguns músicos, muitas vezes é preciso parar para tomar novas decisões, sentir o que realmente preocupa a organização. Para mim autenticidade é fundamental para ganhar confiança”, ensina.
Durante a live, os participantes concordaram que as músicas, tanto quanto as organizações, têm o potencial de contar histórias, ou de fazer uma história se tornar um diálogo. “Muitas vezes, a história de uma música não é completa e as organizações estão fazendo muito esforço hoje em dia para mostrar seu propósito, mas às vezes não deixam espaço para promover um diálogo com quem está do outro lado, os stakeholders, a comunidade”, ressalta Corujo.
A questão da inovação foi outro ponto destacado pelo autor. “Todo mundo parece interpretar que a inovação surge do nada; penso que inovar é realmente ser capaz de estabelecer conexões que o outro não vê, como fez David Byrne, que criou coisas novas usando elementos antigos. Ou como Enrico Caruso, que é absurdamente disruptivo”, analisa.
“Eu encontrei na música a maneira de explicar aos meu clientes questões que de outro jeito talvez eu não conseguiria. A música me ajudou, alguns gostam de gastronomia, outros de arte. A minha proposta é: nunca deixem de buscar aquilo que te apaixona e que permite que expliquem questões muito abstratas e difíceis de contar, como uma estratégia de comunicação, por exemplo. Nós, comunicadores, precisamos explicar melhor qual é nosso trabalho, para que e por que estamos aqui; do contrário, provavelmente, as empresas não vão conseguir alcançar seus objetivos. Usem suas experiências e suas paixões!”, finaliza Corujo.
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