Encontro Aberje na COP30 debate a Comunicação para a Transição

Em sua principal agenda em Belém, a Aberje promoveu na noite da última terça-feira (11) um encontro que reuniu 60 profissionais de comunicação, entre executivos, conselheiros e especialistas, para discutir como a comunicação corporativa pode atuar como força propulsora da transição climática. Realizado na Casa Rosada, no centro histórico da capital paraense, o evento contou com o patrocínio da Alubar e o apoio institucional da Page Society, da Latam Airlines e da Global Alliance for Public Relations and Communication Management.
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A abertura foi conduzida por Hamilton dos Santos, diretor-executivo da Aberje, e Mônica Alvarez, gerente de Comunicação Corporativa da Alubar Global Management e diretora do capítulo Aberje Amazônia. Ambos destacaram o papel crescente da comunicação como instrumento de engajamento multissetorial e de tradução das pautas globais em ações locais. “A comunicação é a ponte entre ciência, política e sociedade. Se quisermos garantir que os compromissos firmados na COP30 se tornem realidade, precisaremos de narrativas éticas, acessíveis e duradouras. O papel dos comunicadores é assegurar que o futuro não se perca no discurso, mas se consolide em ação”, afirmou Hamilton.
Para Mônica Alvarez, receber a Aberje em Belém durante a COP30 teve um significado especial. “É uma satisfação imensa abrir as portas da nossa casa para a Aberje e ver Belém acolher uma rede que valoriza a comunicação como força de transformação. Como paraense e diretora do capítulo Aberje Amazônia, sinto orgulho de ver nossa região reconhecida como um território estratégico para o diálogo entre empresas, poder público e sociedade civil”, destacou.

Na sequência, Rochelle Ford, CEO da Page Society, a principal associação mundial de líderes seniores de comunicação, reforçou que a comunicação corporativa deve assumir protagonismo na construção da confiança e no avanço da agenda climática, que, segundo ela, transcende o meio ambiente e envolve também dimensões sociais, econômicas e tecnológicas. “Belém não é apenas um ponto de encontro; é um território simbólico de transformação global. A transição não é apenas ambiental, é também social, econômica, tecnológica e geopolítica. Os comunicadores agora carregam uma dupla responsabilidade: proteger a confiança dos públicos de interesse e acelerar as mudanças de comportamento”, afirmou Ford.
A executiva destacou ainda que o fortalecimento de redes profissionais e entidades associativas é essencial para enfrentar o atual cenário de desinformação e descrédito institucional. Citando Alexis de Tocqueville, ela lembrou que “a ciência da associação é a mãe de todas as ciências”, destacando que a cooperação entre profissionais é vital para sustentar democracias e impulsionar transformações.
O segundo convidado da noite, André Curvello, diretor de Comunicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou o trabalho da Coalizão Empresarial Brasileira para a COP (SBCOP), lançado pela entidade durante a COP29. Inspirada em fóruns como o G20 e os BRICS, a iniciativa busca fortalecer a representação do setor produtivo nas negociações climáticas, por meio de uma estrutura permanente de diálogo entre empresas e governos.
Formada por empresas de mais de 60 países, a SBCOP consolidou-se como uma voz do setor privado nas conferências da ONU. Curvello destacou que o grupo apresentou ao governo brasileiro 23 prioridades para acelerar as metas climáticas e reuniu 48 casos globais de sucesso, de 14 países, com destaque para 19 iniciativas brasileiras, o maior número entre os participantes. “A SBCOP nasce como um legado do setor produtivo, conectando empresas e governos e disseminando práticas empresariais nas futuras conferências do clima”, afirmou.
A presença da associação em Belém marca apenas o início de uma série de iniciativas durante a conferência. A Aberje continuará sua agenda até o fim da COP30, participando de eventos promovidos por organizações associadas e acompanhando as discussões que ocorrem nas zonas azul e verde, reforçando seu papel ativo na interlocução entre o setor empresarial, a sociedade civil e os fóruns internacionais sobre o clima.
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