Aberje 58 anos: comunidade de memória, conhecimento e afeto

Mais do que uma associação de serviços, a Aberje se consolidou como uma comunidade de pertencimento, onde memória, conhecimento e acolhimento se entrelaçam para sustentar o presente e inventar o futuro da comunicação no Brasil.
Quando você ouviu falar da Aberje pela primeira vez?
Você era estudante, ainda tateando os caminhos da comunicação? Um estagiário cheio de expectativas? Um trainee curioso? Talvez um analista aprendendo a articular narrativas corporativas. Ou já era gerente, diretor, vice-presidente, em busca de novos referenciais. Quem te recebeu? Quem te acolheu? Que sentimentos te atravessam ao lembrar dessa primeira experiência? Se hoje, neste instante, alguém lhe perguntasse o que é a Aberje, como você narraria essa história?
A resposta possível nasce justamente dessa pluralidade de trajetórias. Ao completar 58 anos, a Aberje não é apenas uma associação que trabalha duro para oferecer serviços de excelência. É, antes de tudo, um lugar de memória e de pertencimento – espaço onde experiências individuais se entrelaçam para formar uma narrativa coletiva.
Memória e identidade tatuadas
Henri Bergson já nos ensinava que memória e matéria não se separam: o vivido permanece como duração que molda nossa percepção do tempo. A Aberje guarda em si essas camadas de experiência – cada congresso, cada encontro, cada case premiado permanece como rastro vivo. Maurice Halbwachs, por sua vez, lembrava que a memória é sempre coletiva: o que cada associado leva de sua relação com a Aberje só encontra sentido porque foi vivido em comunidade. Nesse ponto, a Aberje é um arquivo vivo de memórias partilhadas, que atravessam gerações de comunicadores. De certa forma, penso que mesmo invisível, milhares de comunicadores têm a Aberje tatuada em seus corpos e mentes.
Essa memória, porém, não é estática. Como bem observa Alberto Melucci, identidades são plásticas, se reinventam continuamente a partir de interações sociais e culturais. É nesse fluxo, entre permanência e reinvenção, que a Aberje segue afirmando sua identidade: aberta ao novo, mas enraizada em sua tradição.
Olho intermediário: A Aberje é, ao mesmo tempo, rede de conhecimento e comunidade de afeto – lugar onde o saber circula e onde o comunicador encontra acolhimento em meio às transformações do mercado e da vida.
Da rede ao afeto
Se a memória garante continuidade, são os vínculos humanos que asseguram vitalidade. Michel Maffesoli, ao falar das tribos urbanas contemporâneas, mostrou que as comunidades se sustentam não apenas pela racionalidade instrumental, mas pelo afeto e pelo pertencimento. A Aberje, hoje, é uma tribo de conhecimento robusta – com comitês temáticos, produção editorial, revistas, portais, eventos como Aberje Trends e Conecta CI – mas é também um lugar de acolhimento. Aqui a gente ri e chora, celebra nascimentos, transições e lutos.
A Aberje é memória viva, mas também presença calorosa – é rede que conecta e é abraço que ampara.
Para muitos comunicadores em transição de carreira, atravessando incertezas e desafios, a Aberje é espaço de escuta e de apoio. Para outros, é um território de amizade, onde a experiência profissional se mistura com a experiência humana.
A experiência que transforma
Aqui vale evocar Jorge Larrosa Bondía: a experiência não é mera informação, mas aquilo que nos toca, nos atravessa e nos transforma. A Aberje é experiência no sentido bondiano – não apenas fonte de dados, mas um campo de sentido que muda a forma como os comunicadores enxergam a si mesmos e seu papel na sociedade. Olho menor 2: Na Aberje, a informação se transforma em experiência, e a experiência em sentido para a vida profissional e pessoal.
Na Aberje, a informação se transforma em experiência, e a experiência em sentido para a vida profissional e pessoal.
Comunidade de futuro
Sem esquecer sua história pioneira – desde a primeira pesquisa acadêmica de 1969 até a consolidação de um campo reconhecido globalmente –, a Aberje olha para frente. Com governança moderna, com a força de mais de mil associados, com a convicção de que comunicação não é acessório, mas fundamento da legitimidade social das empresas e instituições.
A Aberje resiste no tempo, acolhe no presente e inventa o futuro da comunicação de empresas e instituições.
ARTIGOS E COLUNAS
Leila Gasparindo Geração Z e diversidade: uma contribuição inédita para a evolução da comunicação organizacionalLuis Alcubierre Reputação na era da desconfiança: o que está mudando na ComunicaçãoCamila Barbosa O custo oculto do monitoramento manual em relações governamentais
Destaques
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Notícias do Mercado
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