Capítulo Aberje Rio debate governança e papel estratégico da IA e Comunicação

O Capítulo Aberje Rio realizou um encontro para discutir os impactos da inteligência artificial na Comunicação e os caminhos para estabelecer políticas de governança nas organizações. O evento aconteceu no último dia 30 de setembro, no Rio de Janeiro, com a mediação de Fernanda Bolzan, gerente executiva de Comunicação Institucional do Grupo Energisa e diretora do Capítulo Aberje Rio de Janeiro. O encontro teve o apoio da Enel Brasil, associada à Aberje.
Na abertura, Victor Pereira, gerente de Relações Institucionais da Aberje, destacou a relevância do tema e o papel da entidade em promover espaços de diálogo qualificado sobre os desafios contemporâneos da Comunicação.
Entre os debatedores, Hélio Muniz, diretor de Marca, Comunicação e Patrocínios da Enel Brasil, enfatizou como a IA já influencia a gestão de crises. “A crise segue um padrão depois de uma emergência climática, estamos coletando essas informações para mensurar e definir a escala da crise e qual a recomendação de ação”, afirmou. Para ele, a credibilidade é um valor atemporal que precisa nortear a atuação frente à desinformação: “Vou combater desinformação com informação; entrar no jogo com voz de credibilidade; vamos combater isso com um valor muito velho e atemporal, que é a credibilidade”.
Kaliandra Sá, gerente sênior de Public Relations da TIM, trouxe exemplos práticos da aplicação de IA na empresa, como a primeira campanha produzida com o uso da tecnologia, lançada em outubro, além de treinamentos para mais de 10 mil colaboradores e seminários voltados a jornalistas.
Já Guilherme Scarance, gerente geral de Comunicação Externa da Vale, relatou a criação de um grupo de early adopters e a implementação da IA em 25 processos em apenas um ano, começando por tarefas simples, como transcrição de entrevistas e análise de clipping. Segundo ele, a intencionalidade deve guiar o uso da tecnologia: “Ainda é uma pessoa que vai tomar uma decisão ou ser impactada. A comunicação é para pessoas”. Para Scarance, a área de Comunicação pode assumir protagonismo na governança da IA, justamente por dialogar com todos os públicos.
O executivo também chamou atenção para o papel dos comunicadores nas empresas contemporâneas. “Nós, profissionais de comunicação, estamos nos tornando essenciais nas corporações da atualidade”, disse, citando um conceito discutido em Stanford sobre a importância de equilibrar processos que precisam de fluidez e outros que exigem mais fricção.
Encerrando o debate, Muniz recuperou uma lembrança da década de 1990 para ilustrar o papel do comunicador como alguém capaz de interpretar os rumos da sociedade: “O melhor editor de jornal é aquele que consegue perceber para onde o mundo está caminhando. O mesmo vale para nós, comunicadores. Mesmo sem ter certeza de qual será esse destino, se formos capazes de orientar nossa ‘antena’ para captar esses movimentos, teremos condições de nos tornar comunicadores melhores”.
ARTIGOS E COLUNAS
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