Encerramento dos Comitês Aberje de Estudos Temáticos celebra conquistas de 2024 e aponta tendências para 2025

Na última quinta-feira, 28 de novembro, a sede da Ticket, em São Paulo, foi palco do encontro de encerramento dos Comitês Aberje de Estudos Temáticos de 2024. Representantes de organizações associadas se reuniram para compartilhar melhores práticas, aprendizados e tendências em comunicação corporativa. Promovidos pela Aberje, os comitês são espaços de troca e aprendizado voltados a temas estratégicos, que conectam profissionais em torno de desafios comuns.

O evento contou com apresentações de coordenadores e vice-coordenadores dos quatro comitês temáticos da Aberje, que apresentaram as principais lições aprendidas e tendências observadas ao longo do ano. Também foram realizadas dinâmicas interativas conduzidas por Thalita Dominato, da Aberje, que promoveu networking e discussões colaborativas entre os participantes.

Sinergia entre comunicação e RH: um eixo estratégico

Tatiana Romero, diretora de RH da Ticket, abriu o encontro destacando o papel central da comunicação interna nas organizações. “Comunicação é RH e RH é Comunicação”, afirmou. A integração entre as áreas, apontou, é essencial para promover ideias que apoiem a estratégia organizacional.

Essa visão foi complementada por Hamilton dos Santos, diretor-executivo da Aberje, que ressaltou a importância de temas transversais no trabalho dos comitês. Santos contou que, para o próximo ano, a Aberje planeja adotar novos formatos com maior interação em seus eventos, como business challenges. Ele ainda chamou a atenção para a transformação nas lideranças das organizações, reforçando a importância da mensuração das ações de comunicação.

Leonardo Müller, economista-chefe da Aberje, apresentou a pesquisa Orçamento da Comunicação Empresarial no Brasil. Ele reforçou a necessidade de maior participação dos associados nas iniciativas de coleta de dados da entidade, fundamentais para orientar decisões estratégicas.

Aprendizados e melhores práticas

Os coordenadores e vice-coordenadores dos quatro comitês temáticos destacaram os avanços de 2024 e apresentaram tendências para 2025.

Coordenador do Comitê Aberje de Cultura de Dados e Mensuração de Resultados na Comunicação, Leandro Provedel, da ENGIE, agradeceu aos membros do comitê e ressaltou que mensurar e analisar dados é fundamental tanto para a comunicação quanto para os negócios. “Não há fórmula única. Cada empresa tem suas necessidades específicas e caminha em seu próprio ritmo para adotar práticas baseadas em dados”, explicou.

Entre os aprendizados do comitê, destacaram-se:

• A importância de conectar objetivos de comunicação aos resultados de negócios, elevando a relevância do trabalho realizado;
• O uso de dados primários para fundamentar estratégias e decisões;
• A necessidade de ir além da mensuração de performance em comunicação, correlacionando métricas com resultados de negócios;
• A migração para sistemas de dados mais integrados ao núcleo estratégico das empresas.

Gláucia Dias, da Suzano, representou Bruna Ribeiro, também da Suzano, como coordenadora do Comitê Aberje de Comunicação e Engajamento para ESG. Junto com Maria Tereza Gomes da Silva, da Jabuticaba Conteúdo, vice-coordenadora do comitê, ela destacou o papel da inteligência artificial como ferramenta para tornar a comunicação ESG mais ágil e confiável. Ela também mencionou outras práticas eficazes discutidas ao longo do ano, como:

• Personalização da comunicação interna, com adaptação de linguagem e uso de narrativas que engajam;
• Foco em governança, com iniciativas que tornam processos mais tangíveis para os públicos internos e externos;
• Engajamento por metas claras, ajustadas ao contexto sociopolítico e às necessidades organizacionais.

Tatiana Maia Lins, da Makemake, e Renata Nascimento apresentaram tendências estratégicas para 2025 identificadas pelo Comitê Aberje de Gestão da Comunicação e da Reputação Corporativas, com destaque para:

• A gestão de reputação em um cenário de polarização e riscos de cancelamento;
• Combate e prevenção de fake news;
• Adoção de tecnologias emergentes e inteligência de dados;
• Sustentabilidade e consumo consciente como pilares da comunicação corporativa;
• Fortalecimento da autenticidade e transparência para construção de reputação;
• Uso estratégico das redes sociais de executivos para reforçar a imagem corporativa.

“As policrises que enfrentamos demandam a presença da comunicação nos conselhos das empresas”, afirmou Tatiana, ressaltando o papel estratégico da área na gestão de riscos e oportunidades.

César Rua, da Vivo, coordenador do Comitê Aberje de Comunicação Interna, Cultura Organizacional e Marca Empregadora, e Elizeo Karkoski, da P3K, vice-coordenador, destacaram os desafios e avanços relacionados à comunicação interna e à marca empregadora. Segundo eles, a liderança é o principal canal de comunicação nas empresas, e o engajamento depende de um diálogo inclusivo e adaptado às expectativas de diferentes gerações (Baby Boomers, X, Y e Z).

Outros aprendizados apresentados pelo comitê incluíram:

• A importância da escuta ativa e da integração entre áreas para fortalecer a marca empregadora;  
• A discussão sobre a separação entre comunicação interna e externa, que pode ser ajustada conforme o perfil e o tamanho da empresa;
• A necessidade de uma cultura organizacional orientada por dados, essencial para decisões rápidas e embasadas;
• O papel de influenciadores internos como produtores de conteúdo, com a comunicação interna atuando como curadora.

Ao final do encontro, Thalita parabenizou os coordenadores e vice-coordenadores pelos resultados alcançados em 2024, agradeceu aos membros pela dedicação e compromisso e informou que a votação dos temas para os comitês de 2025 será realizada no próximo ano.