Marketing e comunicação em desastres e tragédias

A tragédia climática do sul não foi a primeira e nem será a última que vamos viver. O nosso planeta já está dando sinais de que o colapso climático vai chegar.
Não pude deixar de notar na minha timeline das redes sociais o quanto que os influenciadores estão se engajando e mobilizando a população para a doação. É inegável que os influenciadores estão tendo um papel fundamental para organizar a sociedade, comunicar pontos de coleta de doações, estimular que marcas ajam, etc. Os influenciadores estão na linha de frente desta tragédia do sul mobilizando pessoas. Depois que eles começaram a mobilização começaram a surgir marcas com ações e aí é que entra o desafio: qual é o limite ético para as marcas atuarem em situações de desastre?
Pode fazer promoção para doar o lucro? Se sou uma marca produtora de um insumo que está sendo necessário na crise, tenho obrigação social de doar? Se não tenho dinheiro em caixa e não tenho o insumo, eu viro ponto de coleta? As marcas vão escolher em quais tragédias se engajar de acordo com seu business e posicionamento de marca?
Me parece que é um terreno ainda muito indefinido. Uma tragédia como esta deveria fazer as empresas pensarem não só como ajudar pontualmente, mas como evoluir e melhorar. Não só nesta crise, mas em todas as outras que ainda virão.
Infelizmente, a sociedade não conseguiu se organizar economicamente dentro do capitalismo para evitar tragédias climáticas. Então, estamos nos organizando através do marketing de influência para doar. Só que isso não atua na raiz do problema. É só um paliativo.
Claro que no meio da tragédia temos que nos mobilizar de todas as formas, mas só não podemos esquecer de exigir posicionamento não só de influenciadores e de marcas, mas também de governos e outros atores, que precisam de planos de ação para reduzir os riscos climáticos. Este problema é de todos e temos que ter uma mobilização tão grande quanto essa que estamos vivendo hoje para demandar ações concretas para reduzir o impacto ambiental de todos os elos da sociedade.
ARTIGOS E COLUNAS
Thaís Naldoni De “Brainrot” a Business Intelligence, o que o YouTube pode ensinar à Comunicação InternaLeila Gasparindo Geração Z e diversidade: uma contribuição inédita para a evolução da comunicação organizacionalLuis Alcubierre Reputação na era da desconfiança: o que está mudando na Comunicação
Destaques
- Aberje publica Termômetro Especial com análise da comunicação na COP30
- Em entrevista para portal Carta da Indústria, Paulo Nassar destaca importância da memória corporativa
- Prêmio Aberje 2025 destaca iniciativas de comunicação corporativa e anuncia vencedores nacionais
Notícias do Mercado
- TIM tem nova estrutura na vice-presidência de Marca e Comunicação
- Sing Comunicação é a nova agência de RP para a ServiceNow no Brasil e México
- Novo posicionamento de marca da B3 traduz expansão do negócio e aproxima marca de diferentes públicos

































