Gestão dos afetos.
Vivemos num mundo acelerado. As tecnologias quebraram barreiras e agilizaram conexões cada vez mais imediatas. No mundo dos negócios – aquele que também gera empregos e sustento para milhões de trabalhadores -, existe um sentimento generalizado de que o tempo é o patrimônio mais valioso. A competitividade está na descoberta de inovações e é precioso chegar na frente do concorrente. Nos ambientes internos de trabalho também sentimos a pressão pelos resultados, pelas entregas, pelo cumprimento de metas no menor prazo e no menor custo possível. Com uma economia abalada e os postos de trabalho reduzidos, a pressão aumenta. Como ficam os afetos num ambiente desse tipo, cada vez mais estressante? A gestão de pessoas nesse tipo de ambiente deveria colocar a comunicação com os empregados muito além da mera existência de canais. Perceber que os conteúdos divulgados precisam de um tratamento especial, inserindo as pessoas e suas histórias, suas experiências, cases de sucesso, reconhecimento e a permanente valorização dos bons exemplos profissionais e também de cidadania, além dos muros da empresa. Dar mais calor humano nos momentos de crise que geram maior pressão é vital para equilibrar a gestão matemática e o sentimento das pessoas. As empresas não são locais acostumados com as emoções, mas são as emoções que nos fazem acreditar em nossas missões, numa causa, num sentido maior do que fazemos todos os dias dentro das fábricas, dos escritórios, das lojas e dos locais de trabalho. Os afetos devem entrar no mapa dos bons gestores de forma urgente, pois não somos máquinas nas quais se inserem moedas de um lado e as latinhas vão caindo pelo outro. Somos energia em movimento e a palavra é o que nos aproxima, nos convoca e nos inspira para a ação.
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