26 de julho de 2016

Cultura virtuosa, marca e comunicação interna.

O entendimento de que a nossa sociedade atual, de fácil e livre acesso ao conhecimento com suas dinâmicas relacionais emaranhadas em rede demandam das empresas uma coerência profunda entre aquilo que preconizam é fator de sucesso para as marcas que almejam ser admiradas.

O entendimento de que a nossa sociedade atual, de fácil e livre acesso ao conhecimento, com suas dinâmicas relacionais emaranhadas em rede, demanda das empresas uma coerência profunda entre aquilo que falam e aquilo que fazem é fator de sucesso para as marcas que almejam ser “duráveis” e ser admiradas. A identidade de uma organização nos revela a marca enquanto um espelho de uma cultura organizacional e enquanto resultado direto das ações dos empregados, dos líderes e dos que fazem, de dentro para fora, o valor daquela marca, daquela empresa. Admiração, reputação, valor compartilhado ou não com toda a sociedade são questões cada vez mais estratégicas num mundo aberto, mas também bastante questionador e desconfiando.

Sou suspeito para escrever isso, mais uma vez, mas se a promessa de uma marca não é percebida pela liderança como consequência direta daquilo que os colaboradores, sejam eles empregados, seus familiares, os terceirizados, os consultores contratados, fornecedores e claro, as próprias lideranças fazem e falam, não vai ser possível construir esse valor através de propaganda, de ações festivas de marketing ou outros malabarismos criativos. É o trabalho realizado pelos empregados em qualquer local de contato e experiência daquela marca, que faz a razão social de uma empresa ganhar admiração do lado de fora dos seus portões.

O valor da marca como que espelhando o valor dessa cultura organizacional, mais do que um movimento de comunicação dirigido para alavancar vendas e facilitar a atividade comercial pode ser calculado, ao final do dia, através de duas simples perguntas: “Hoje nós construímos ou depredamos o valor da nossa marca através das nossas ações (ou omissões)? Hoje nós ampliamos a reputação positiva da nossa empresa ou destruímos uma parte deste capital sacrificando vínculos e relacionamentos para avançar sobre a carteira de nossos clientes e garantir o curto prazo das nossas operações?”.

Mais uma vez, quem pode responder a essas perguntas são os empregados, os verdadeiros “embaixadores da marca”. E eu nem preciso dizer que diante deste entendimento, a comunicação interna tem papel relevante para ajudar na criação de uma cultura virtuosa cujo orgulho de pertencer vai fazer toda a diferença. Dentro e fora da empresa. Hoje, amanhã e no longo prazo.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Luiz Antônio Gaulia

Jornalista. Mestre em Comunicação Social pela PUC-Rio. Especialista em Comunicação Empresarial pela Syracuse University/Aberje. Pós-graduado em Marketing e em Comunicação Jornalística. Ex-Gerente de Comunicação da CSN - Cia. Siderúrgica Nacional e da Alunorte (PA). Atuou no O Boticário e no Grupo Votorantim. Realizou projetos de comunicação corporativa e sustentabilidade para a VALE, a Light, Petrobras, Ajinomoto e Norsul. Foi Gerente de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade do Grupo Estácio. É Diretor da Race Comunicação e professor da FGV Rio e da ESPM SP.

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