DIVERSIDADE E INCLUSÃO

Museu do Holocausto de Curitiba

  • Projeto | Contar para viver. Resistir ao ódio é ontem, é hoje, é amanhã
  • Agência | Weber Shandwick; Cappuccino
  • Região | Sul
Viver para contar. Contar para viver

O Museu do Holocausto de Curitiba realizou uma ação que relembrou o nazismo e conscientizou novas gerações sobre os crimes de ódio

 

O Museu do Holocausto de Curitiba foi inaugurado em novembro de 2011 com uma proposta inovadora de valorizar a vida ao transmitir aos visitantes experiências de vítimas desse genocídio histórico. Ao ser criado, sua proposta também era travar uma luta constante contra a intolerância, o ódio e o racismo presentes até os dias de hoje. Desde que abriu as portas, o Museu já recebeu mais de 250 mil visitantes, em sua maioria estudantes. Por meio de educadores devidamente treinados, o público tem acesso a exposições e conversas sobre direitos humanos e preconceito.

A entidade percebeu que nos últimos anos os crimes de ódio e de apologia ao nazismo passaram a se multiplicar: os números de células nazistas no país, por exemplo, aumentaram de 72 em 2015 para impressionantes 1.117 em 2022.  Além disso, os crimes de ódio na internet cresceram em quase 70% no primeiro semestre de 2022.  Ciente de que a população brasileira tem pouca conexão com a memória do Holocausto, o museu criou uma ação que preserva a história das vítimas ao mesmo tempo que traz para o debate os crimes de ódio recentes no país.  Assim foi criada a campanha “Contar para Viver”,  em parceria com a UNESCO e Confederação Israelita do Brasil.

O case apresentou três sobreviventes do Holocausto narrando crimes recentes de ódio que atingiram jovens brasileiros, tragédias que poderiam bem ter acontecido nos anos 40. Os personagens Joshua Strull (89 anos), Gabriel Waldman (84 anos) e Ruth Sprung (89) recontaram em vídeos relatos de intolerância sofridas por minorias brasileiras. Os personagens escolhidos foram: Naiá Tupinambá (vítima de xenofobia), André Baliera (vítima de homofobia) e Odilvado da Silva (vítima de racismo). No final dos relatos, narrador e personagem se encontravam para um abraço emocionante.

Todas as histórias reais foram registradas em vídeos de 1 minuto e meio e disponibilizadas em um site chamado “Centro de Adoção”, que permitiu o compartilhamento para redes sociais e WhatsApp. A página ainda ofereceu ao público dados informativos sobre crimes de intolerância no país. A campanha contou com três filmes de dois minutos produzidos para TV aberta (dirigidos por Cao Hamburguer e narrados por Caco Ciocler) e distribuição de “cards” para influenciadores. O case, lançado estrategicamente em 27 de janeiro, Dia da Lembrança do Holocausto, virou disciplina na formação de professores das escolas públicas de São Paulo para 2024.

A ação teve investimento total de R$172.562,83 e atingiu seu objetivo: mobilizar a sociedade brasileira e repercutir na mídia. A TV Globo, por exemplo, exibiu os filmes gratuitamente em 535 inserções. A campanha ganhou mais de 50 publicações em veículos brasileiros e estrangeiros, além de mais de 1,3 mil comentários nas redes dos principais veículos. Ela contou ainda com a participação de 100 personalidades, entre influencers, celebridades e formadores de opinião e mais de 60 mil compartilhamentos das histórias narradas. O case alcançou organicamente 200 milhões de pessoas com earned value de R$ 17 milhões (em mídia orgânica), gerando, entre janeiro/22 e janeiro/23), aumento de 56% nas buscas pelo termo “holocausto” na internet.

https://www.youtube.com/watch?v=DH61pE7_vLI
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