27 de setembro de 2021

Questões sociais são tema do segundo encontro da série “A Comunicação e o Capital Ético” promovido pela Aberje e McDonald’s

Diversidade & Inclusão e Comunicação Não-Violenta foram alguns assuntos abordados no debate, que contou com a participação de profissionais de comunicação da Johnson & Johnson, Grupo Carrefour e Banco do Brasil
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Diversidade & Inclusão e Comunicação Não-Violenta foram alguns assuntos abordados no debate, que contou com a participação de profissionais de comunicação da Johnson & Johnson, Grupo Carrefour e Banco do Brasil

Diversidade, inclusão e comunicação não-violenta são temas que caminham juntos quando uma organização tem foco genuíno em questões sociais. Desde a contratação de pessoas que de fato representem a sociedade brasileira a ações externas que coloquem as empresas num papel de relevância na vida das pessoas, não há mais espaço para quem ignora a importância do Capital Ético.

Em parceria com a Arcos Dorados (franqueadora da marca McDonald’s no Brasil e na América Latina), a Aberje promoveu, no dia 23 de setembro, o segundo evento sobre o tema que permeia a pesquisa do ano a ser apresentada ao final desta série de encontros. O primeiro encontro pode ser assistido no canal da Aberje no Youtube e o terceiro e último será realizado no dia 13 de outubro. Os interessados poderão se inscrever pelo site da Aberje quando a programação estiver disponível.

Participaram do evento o responsável pela Comunicação Interna América Latina – Johnson & Johnson Vision, Jesus Ribeiro; a gerente de Comunicação Externa do Grupo Carrefour Brasil, Naira de Paula; a diretora de Comunicação Corporativa na Divisão Brasil da Arcos Dorados, Mariana Scalzo; e a gerente na Diretoria de Gestão da Cultura e de Pessoas do Banco do Brasil, Danielle Alves.

Impactos transformadores

Ao focar na frente social, Mariana Scalzo contou como a Arcos Dorados – franqueadora do McDonald’s – vem transformando e atuando nesse setor onde é líder e a influência que tem nessa cadeia e como é possível mudar e trazer inovações e boas práticas nessa frente. 

Mariana Scalzo

No país há 42 anos, o McDonald’s possui 1040 restaurantes distribuídos em 234 cidades brasileiras e atende cerca de 2 milhões de clientes todos os dias por meio de seus 50 mil funcionários. “É um universo muito grande para um impacto imenso”, lança a executiva. “Temos seis pilares voltados especificamente para o cuidado com as pessoas: mudanças climáticas; economia circular; abastecimento sustentável; família & bem-estar; emprego jovem e diversidade & inclusão. São guarda-chuvas que contemplam nossas diversas ações voltadas para essa frente social”, explica.

No pilar de Família & bem-estar, por exemplo, Mariana trouxe alguns resultados do tradicional McDia Feliz, que já acontece há 33 anos no Brasil e que é uma das maiores campanhas de arrecadação de fundos para crianças e adolescentes. Nessas três décadas, foram arrecadados mais de R$ 300 milhões e na edição do ano passado R$ 19,8 milhões. “Os pilares do McDia Feliz são a saúde e a educação de crianças e jovens. Atuamos via Instituto Ronald McDonald’s em projetos de oncologia pediátrica que beneficiam mais de 154 mil pessoas e com o Instituto Ayrton Senna com projetos educacionais que impactam cerca de 2,7 milhões estudantes”.

Outro pilar destacado pela executiva foi o de Diversidade & Inclusão. Há cerca de três anos, o McDonald’s implementou em toda a América Latina um comitê de D&I para conscientizar os funcionários quanto ao respeito às individualidades trabalhando frentes como gênero, gerações, diversidade sexual, saúde e bem-estar, raça e pessoas com deficiência. “Esse trabalho constante vem surtindo efeito: “Atualmente, as mulheres ocupam 53% dos cargos de liderança nos restaurantes de toda a América Latina; 36% das oportunidades de promoção na rede entre 2020 e 2021 oram conquistada por mulheres negras e elas representam 25% das pessoas promovidas para cargos de liderança nesse mesmo período”, informa Mariana.

A pandemia humanizou as empresas?

Na visão de Jesus Ribeiro, da Johnson & Johnson Vision, a pandemia acabou por humanizar as organizações e provocou um “olhar” adicional para algumas necessidades específicas, principalmente nas comunicações. “Algo que eu vivencio bastante. Aqui na Johnson é algo que focamos desde o início da pandemia. Todas as iniciativas criadas desde o começo de 2020, toda a evolução que tivemos, sempre para levar a informação correta, do jeito certo, no canal correto, administrando a expectativa dos funcionários até a chegada da vacina aqui no Brasil. Para mim, é um jeito de dar mais atenção às necessidades e aos anseios e até mesmo tranquilizar a todos quanto a questão da situação que ainda estamos vivendo”, analisa. 

Jesus Ribeiro

Ser genuíno, na visão dos palestrantes, é uma forma de mostrar à população que a empresa não apenas produz e disponibiliza produtos e serviços, mas que se coloca disponível em todos os pontos de contato para funcionários, clientes e consumidores, ou seja, para a comunidade a qual impacta. “O público geral olha para as empresas que se mostram preocupadas com a comunidade e procuram as melhores soluções, mas acredito que têm que ser transparentes, trabalhando em cima dos valores e mostrando sua genuinidade”, comenta Ribeiro.

A comunicação e a educação

Temas como a comunicação e a educação para a diversidade nas organizações, acabam tendo maior relevância especialmente para empresas centenárias como o Banco do Brasil. Na oportunidade, Danielle Alves comentou sobre o bônus da experiência e de participar da história do país. “A educação, com certeza, é um aspecto transformador. Dentro da nossa universidade corporativa, por exemplo, temos um olhar muito focado e muito especial para a transformação cultural ser condicionada à transformação dos comportamentos da nossa liderança; quando eu trago esse olhar de que a transformação começa na liderança, eu consigo sim trazer esses elementos, em especial, da diversidade, da inclusão, para dentro da nossa cultura”, salienta.

Danielle Alves

Segundo a executiva, o BB trabalha a partir de três premissas: (1) a transformação está condicionada à transformação da liderança; (2) identificar e tratar o que é crença limitante. “Vários preconceitos que temos são arraigados e muitas vezes nem identificamos no nosso dia a dia”; (3) todos os níveis da organização devem estar alinhados em relação ao que se deseja. O investimento em comunicação é maciço. Se eu dou o recado para ‘A’ tenho que dar o mesmo recado para ‘B’. Transformação cultural para nós passou por esses três pilares que estão dentro de um processo de educação”, ressalta.

Assista ao evento na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=B4A0Kf6nBjg

 

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