03 de outubro de 2019

Paulo Nassar participa de evento internacional de preservação e memória: “Responsabilidade histórica dá consistência nas narrativas das empresas”

O Preserva.ME – Encontro Internacional de Preservação e Memória é um evento promovido pela Memória da Eletricidade, instituição de preservação histórica do setor presidida por Augusto Rodrigues. O evento tem como objetivo estimular a troca de informações e experiências entre profissionais de diferentes áreas, como história, arquivologia, biblioteconomia, museologia e ciência da informação. A 5ª edição aconteceu nos dias 25 e 26 de setembro, no Museu de Arte do Rio – MAR, e teve como tema “Preservação de Acervos na Era Digital”, reunindo especialistas nacionais e internacionais para debater as oportunidades e desafios da preservação histórica em um mundo cada vez mais digital.

O evento contou com espaços denominados “Rodas de Conversa”, que reuniu diferentes abordagens da temática. Na quinta-feira, dia 26 de setembro, o espaço abrigou um debate sobre Memória Empresarial, com a presença do diretor-presidente da Aberje e professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP, Paulo Nassar. A mesa também contou com a Silvia Fiuza, da Memória Globo, e Ana Paula Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Nassar falou sobre as interfaces da memória empresarial, com as narrativas, estratégias empresariais e reputação. “As empresas precisam ser cada vez mais percebidas como instituições. Isso significa serem percebidas pela sua história, seus valores, suas crenças”, afirma. Assim, é necessário um olhar estratégico para as narrativas que estão sendo contadas, pois elas afetam a reputação das empresas. “A memória é sempre mediada a partir do presente. Nesse sentido, as narrativas empresariais são influenciadas pelos contextos atuais. E qual contexto é esse? Um dos aspectos desse presente são os chamados ESGs – environmental, social e governance. Hoje as narrativas das empresas precisam ser regidas por essas três dimensões. Isso traz o conceito de responsabilidade histórica, que é olhar as questões atuais a partir de uma escala maior, e não apenas com a intenção de melhorar a imagem. A responsabilidade histórica dá consistência nas narrativas e nas ações das empresas”, finaliza.

Paulo Nassar, Ana Paula Goulart e Silvia Fiuza
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