12 de novembro de 2019

Para BNDES, patrimônio cultural e turismo são indutores do desenvolvimento

O patrimônio brasileiro é um valioso ativo econômico, cultural, educacional e turístico. Por essas potencialidades, é capaz de gerar a promoção do crescimento local, o aumento do turismo e a dinamização das cadeias produtivas e atividades econômicas correlatas, geradoras de emprego e renda. Além de reconhecida fonte geradora de riqueza, o patrimônio cultural é ainda testemunho da história e da identidade de um país.

Um dos principais meios pelo qual o patrimônio pode fomentar o desenvolvimento é o turismo. Segundo dados de 2018 da Organização Mundial do Turismo, o setor representa 10% do produto interno bruto (PIB) mundial e é responsável por um em cada dez postos de trabalho existentes no mundo. Estima-se ainda que, em 2030, o turismo seja responsável por 1,8 bilhão de viajantes internacionais.

Historicamente, o BNDES – instituição associada da Aberje – tem atuado no financiamento a investimentos no setor de turismo e no patrimônio cultural, por meio de produtos financeiros destinados a serviços turísticos, infraestrutura turística, mobilidade urbana, infraestrutura logística e saneamento. Especificamente em relação ao turismo cultural, o Banco há mais de 20 anos elegeu o patrimônio brasileiro como foco prioritário de sua atuação no campo da cultura e tem atuado de modo consistente no tema desde então.

O apoio do BNDES ao longo desses anos consolidou instrumentos de financiamento para o setor. Mas hoje a construção de novas formas para viabilizar os investimentos é vista como um passo necessário para a indução do desenvolvimento nos destinos do turismo cultural.

A convergência das potencialidades do patrimônio brasileiro e do turismo como indutores do desenvolvimento no Brasil se dá por meio do fomento ao turismo cultural. A capacidade de atração de um destino turístico está baseada na diversidade da experiência proporcionada ao visitante. Experiências que remetem ao estilo de vida local têm sido cada vez mais valorizadas, associadas ao consumo de objetos que façam referência à experiência vivida e ao seu compartilhamento por meio de imagens e impressões nas redes sociais.  

É nesse contexto que a atratividade do turismo cultural passa por aspectos relacionados à cultura local – arte, arquitetura, museus, eventos festivos, gastronomia, patrimônio histórico. É na identidade local que reside, hoje, o diferencial de um destino. E essa identidade não pressupõe um engessamento no passado, mas a preservação da essência em conexão com o novo.

O turismo e a preservação do patrimônio, se planejados e implementados de forma complementar, podem constituir um ciclo virtuoso de desenvolvimento. O turismo cultural bem estruturado tende a conferir sustentabilidade econômica às ações de preservação do patrimônio, além de exigir qualificação dos envolvidos para lidar com temas relacionados à história local e contribuir para a preservação das tradições. Pode servir também como ferramenta de conscientização para um padrão de desenvolvimento mais sustentável, além de atuar como meio para convergir os setores criativos e a cultura local. Possibilita, ainda, a regeneração do senso de pertencimento e propriedade dos habitantes, ao recuperar o orgulho de suas próprias raízes.

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