24 de abril de 2020

Líder conectado = líder visível e acessível; confira como foi a Master Class Aberje/Workplace from Facebook

Aberje e Workplace from Facebook abrem a série de aulas digitais voltadas a especialistas da comunicação corporativa

Por Aurora Ayres

Organizações conectadas são, em geral, 21% mais lucrativas, 17% mais produtivas e têm 40% menos rotatividade de talentos do que as concorrentes, segundo pesquisas da empresa americana Gallup. Esses números foram apresentados no dia 23 de abril, durante abertura do programa Master Series da Aberje em parceria com o Workplace from Facebook. O tema da próxima aula, a ser realizada no dia 7 de maio, é Empresa Conectada – Construindo o ambiente do trabalho remoto.

Ao abordar o tema Executivos Conectados – Como tornar seus líderes ativos, visíveis e engajados, a líder global de soluções de comunicação do Workplace do Facebook, Abby Guthkelch, mostrou como os líderes das organizações estão abraçando a realidade de trabalhar de forma remota, por conta do isolamento social, tornando-se mais visíveis e suas empresas mais conectadas.

“Nós acreditamos que no ambiente de trabalho moderno, as organizações conectadas são as mais bem-sucedidas”, referindo-se às empresas conectadas do topo até a base. “Onde o trabalho em equipe e a colaboração não são só incentivados, mas construídos e projetados, com sistemas e ferramentas perfeitamente integrados, como em uma comunidade”.

Pela primeira vez, em 20 anos de história, o estudo global Edelman Trust Barometer 2019 descobriu que o empregador é agora a instituição mais confiável do mundo, mais do que mídia, governos, ONGs etc. De acordo com a executiva do Workplace, isso explica por que as comunicações dos empregadores são a fonte de informação de mais credibilidade sobre o coronavírus. Edição especial da Edelman Covid 19, revela que 63% disseram acreditar nas informações de um site após uma ou duas exposições, contra 58% para sites de governo e 51% para a mídia convencional. 

Líder visível e acessível

Hoje os líderes são responsáveis por comunicar os valores da empresa, criar uma cultura duradoura, atender os clientes, estar na linha de frente vivenciando momentos problemáticos e gerar valor de longo prazo para os acionistas. “Dentro e fora da organização, as pessoas querem conhecer quem está por trás do cargo e entender o que a torna humana”, considera Abby. “Você não conhece uma pessoa se não a ouve falar. Ninguém confia em quem não está acostumado a ouvir falando”, pondera.

A executiva comenta que, mesmo antes da pandemia, cada vez mais pesquisas demonstram que as pessoas esperam e querem ouvir seus líderes. “Eles devem estar acessíveis e visíveis; entre os motivos para continuar no emprego atual, visibilidade e transparência aparecem em terceiro e quarto lugares, depois de pagamentos e benefícios”.

Para que um líder construa a sua presença diante de seus colaboradores, precisa desenvolver uma estratégia de conteúdo que esteja alinhada ao calendário ou à filosofia da empresa como um todo. “Para garantir que você seja relevante, deve entender não só o que deseja fazer, mas também o que o seu público necessita. Ser consistente não é um jogo de números, mas é importante manter uma cadência constante que funcione para você”, salienta Abby, ressaltando a importância do engajamento do líder em todas as plataformas.

Em se tratando de conversação com seu público, mais do que a transmissão unilateral, o diálogo de duas vias é essencial para empresas conectadas. Para Abby, o líder não precisa ser formal em sua linguagem. “Você precisa transmitir mensagens com autenticidade para gerar confiança, visibilidade e transparência. Dessa forma, você consolida sua presença como líder, constrói sua reputação e garante que, em momentos como este, não vai partir do zero para resolver problemas e passar suas mensagens”, conclui.

Como se comunicar à distância

Paloma Redondo, parceira de negócios de comunicação interna do Workplace do Facebook mostrou o que o Facebook vem fazendo internamente para garantir a visibilidade de seus líderes, principalmente neste período em que todos estão recorrendo ao Workplace para se comunicar.

Entre os conteúdos estão sessões ao vivo com diretores e líderes, como um fórum com perguntas dos funcionários, animações que resumem as atividades semanais da equipe de liderança, conversas com especialistas de outras organizações, campanhas rotativas, entrevistas com líderes de toda a organização sobre protocolos, produtos em que estão trabalhando e como isso auxilia na situação geral da pandemia.

Além disso, fóruns como cafés virtuais e testes surpresas, exercícios de formação de equipes etc. “Até yoga virtual toda semana. Sempre temos espaço para algo divertido, pois as pessoas estão sobrecarregadas de informações. Assim, todos têm acesso às oportunidades. É importante que o líder não só transmita mensagens, mas interaja com o conteúdo que está circulando, como comentar alguma hashtag em alta ou postar uma foto de algo comum”, comenta a executiva.

Na ocasião, Paloma também compartilhou os principais recursos utilizados com os líderes do Workplace como enquetes, um meio para que os funcionários possam dar um feedback sobre o que querem ouvir. Segundo a executiva, tópicos também funcionam, pois é a melhor forma de categorizar informações e conteúdos em diferentes grupos.

Outro ponto ressaltado é que ninguém precisa estar ativo o tempo todo. “Procuro orientar nosso líderes para que se desconectem um pouco do trabalho aos finais de semana e, em vez do chat, participem de grupos”, comenta ela, recomendando ser preciso estar atento para não expor demais os líderes. “Isso pode ser contraproducente. O ideal é abrir espaço para todos dentro da equipe de liderança, para que possam desempenhar seu papel de modo que não sobrecarregue sempre as mesmas pessoas”, complementa.

Empresa como veículo de comunicação

Hamilton dos Santos, diretor geral da Aberje

Durante a Master Class ficou claro o papel das empresas enquanto veículo de comunicação, ainda mais neste momento de extrema tensão para todos, especialmente para as organizações.

O diretor-geral da Aberje Hamilton Santos salienta que toda empresa é uma empresa de mídia e como tal, deve observar alguns protocolos e códigos universais que sustentam a produção de informação e entretenimento de qualidade. “Em um momento de extrema relativização da verdade, além desse vírus que nos aflige, há o vírus fake news. Hoje, ao veicular uma informação, seja internamente ou externamente, a organização precisa obedecer alguns protocolos como falar a verdade, contribuindo com esse esforço de toda a sociedade nesse combate frontal às notícias falsas”.

Sobre o papel do comunicador na construção das narrativas institucionais neste momento, Hamilton destacou alguns pontos: “este profissional de comunicação deve pensar como um líder; ao ter essa consciência, coloca-se no papel de integrador do C-Level. Ele deve assumir a responsabilidade de guardião da narrativa institucional, lembrando que o guardião maior da reputação da empresa é hoje exercida pelo CEO. É preciso ter consciência de que a comunicação deixou de ser, há muito tempo um instrumento. A comunicação é uma competência que deve fazer parte de todos os profissionais da organização. O head de comunicação precisa observar que essa competência está sendo distribuída dentro da organização”.

Mas, como fazer isso? Uma das formas, prossegue o diretor da Aberje, é fazer parcerias com as outras áreas da empresa, especialmente o Recursos Humanos, desde o processo de recrutamento e seleção até o momento da saída, assim se constrói uma linha de narrativa. “A boa comunicação começa pela escuta ativa, e um ponto fundamental para que as narrativas possam ter uma vazão mais coesa é que esse profissional atue ajudando a liderança a navegar dentro dessa cultura de divergência; mas, como divergir sem provocar conflito, sem desengajar? Como produzir bom senso, essa moeda mais escassa no mercado? O Workplace ajuda a liderança a entender os sentimentos, isso é fundamental: mais do que nunca, é impossível liderar se você não for capaz de entender o sentimento das pessoas e entender os padrões de sentimentos dentro da organização”, conclui.

Essa primeira aula também contou com a participação do diretor de Vendas do Facebook, Luciano Santos. Ao ser indagado sobre qual o estilo de liderança que essa crise está exigindo, o executivo diz não acreditar em um estilo fixo neste momento. “Agora é o momento de o líder ter flexibilidade, da liderança ‘camaleão’, é olhar para o que está acontecendo e se moldar. Penso muito nas características e comportamento que precisamos ter agora. A primeira e mais essencial é comunicar muito bem; a segunda é criar canais para poder interagir com o seu time e a outra característica é se mostrar vulnerável também, mostrar suas dificuldades e como você se sente, isso humaniza e aproxima as pessoas. É preciso focar nas pessoas, de forma individual, entender as diferenças e fazer o seu time se sentir seguro”, respondeu.

Luciano Santos, diretor de Vendas do Facebook

Assista à íntegra da Master Class na plataforma do Workplace from Facebook.

Próximas aulas

A próxima Master Class será no dia 7 de maio, com o tema Empresa Conectada – Construindo o ambiente do trabalho remoto. As inscrições podem ser feitas neste link.

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