22 de novembro de 2021

Lab de Comunicação para a Sustentabilidade: Como a comunicação contribui para colocar a responsabilidade social na rotina dos funcionários

Evento online reuniu profissionais de comunicação interna e RH

Evento online reuniu profissionais de comunicação interna e RH

Participantes do segundo encontro do Lab de Comunicação para a Sustentabilidade

A fim de fomentar a troca de ideias sobre engajamento de públicos internos e disseminação da sustentabilidade dentro das organizações, a Aberje promoveu, dia 22 de novembro, o 2º encontro do Lab de Comunicação para Sustentabilidade, que conta com patrocínio da Ypê. 

Participaram do evento Michele Schifino, gerente de Comunicação na Engie Brasil Energia; Patricia Acioli Mendes, gerente Executiva na Scania Latin America; Talita Santos, analista de Comunicação Master na Vale; e Pedro Paciornik, diretor de Estratégia, Qualidade e Marketing da Valmet. Para mediar o encontro, Maria Elisa Curcio, diretora de Sustentabilidade, Impacto e Novos Negócios na Ypê.

Maria Elisa Curcio

Na ocasião, Pedro Pacionirk, da Valmet – líder mundial de desenvolvimento e fornecimento de tecnologia, automação e serviço para a área de celulose, papel e energia – ressalta o papel da comunicação e da conexão com a Sustentabilidade a partir de culturas e perspectivas diferentes. “A atuação da Valmet é global; a maior preocupação que a gente tem que ter em relação à culturas diferentes é ter empatia para entender quem está escutando a gente. A partir do momento que você se desloca para o ouvinte, você percebe quais são os canais e atalhos necessários”.

Pedro Paciornik

“Uma coisa que me ajudou muito na minha jornada é que quando eu penso em comunicação com os colaboradores eu não estou falando ‘para’ eu estou falando ‘com’, eles são parte dessa história que a gente está contando. Então, esse senso de pertencimento é uma alegoria que usamos o tempo inteiro; a comunicação é ‘business strategy’ e transversal em todas as áreas da empresa”, diz Patrícia Acioli, da Scania, empresa sueca com 130 anos de existência no Brasil há 65 anos.

“Hoje, temos um colaborador ativista que quer falar, é protagonista e conta a história da empresa em suas redes sociais. O propósito é movido à inspiração que é movido a engajamento, por isso colocamos nosso colaborador no centro do nosso universo”, completa.

Patrícia Acioli

Para Michele Schifino, da Engie Brasil Energia – maior geradora de energia privada do Brasil, presente em 21 estados -, ao atuar com Comunicação, trabalha-se muito na seleção dos temas, na base de referência de dados. “Se a gente faz a comunicação com as perguntas certas, de maneira muito criteriosa na construção de uma pauta propositiva, conseguimos comunicar a importância da sustentabilidade muito bem, para dentro e para fora”, comenta. 

“Nossa matriz de materialidade é muito sólida, nossos relatórios de sustentabilidade são premiados porque, realmente, falamos sobre o que importa, abordamos os riscos, os pontos vulneráveis também do nosso negócio e isso é fundamental”, complementa a executiva.

Ao comentar sobre o assunto, Talita Santos, da Vale – companhia nacional de mineração presente em mais de 30 países, com mais de 120 mil empregados diretos e indiretos -, trouxe uma perspectiva de como se dá efetivamente o engajamento dos funcionários para qualquer tema, inclusive para a Sustentabilidade. 

Talita Santos

“Precisamos partir do pressuposto do reconhecimento do saber local do outro, que é parte da comunidade, que é integrante da nossa empresa e que convive com o tema na perspectiva dele; e a partir dessa perspectiva que a gente vai, como Comunicação, somar, capacitar, orientar, para que esse tema reverbere, mas partindo do pressuposto daquilo que o colaborador já conhece”, reforça.

Relatório de Sustentabilidade como ferramenta de gestão

Ao comentar sobre o relatório de sustentabilidade da Engie, Michele considera o diálogo fundamental para comunicar com os stakeholders em 21 estados, 71 usinas e 500 municípios. “A matriz de materialidade do nosso relatório é feita com base em diálogos profundos que fazemos com os stakeholders. Na comunicação, essa matriz é um grande guia de temas prioritários de abordagem. Não adianta eu falar de um tema que não é prioritário para eles”, argumenta. “O relatório é riquíssimo em termos de conteúdo porque ele traz contexto e isso traz coerência ao atuar na comunicação”, analisa.

Michele Schifino

Para Paciornik, além do relatório “que tem um caráter de canal formal para a comunicação publicar algo que tenha um formato protocolar” a companhia tem essa gestão de performance em todas as áreas. “Criamos uma cultura interna de divulgação da evolução da performance de todas as áreas. Os nossos colaboradores já estão familiarizados com análises de performance de saber o que está acontecendo. Nossos canais de comunicação foram programados para isso”, comenta. “É a área de Comunicação que centraliza e coordena todo esse arcabouço de histórias que contamos sobre a progressão de determinado desempenho e indicador”, explica.

Patrícia conta que na Scania o relato é integrado e global. “A gente participa do processo de realização, levantamento de dados. Temos um desafio grande: o nível de interesse das pessoas. Como fazer o colaborador selecionar o que é bom para ele? Para mim, a criatividade é a chave de muita coisa então, cada vez que vem um relatório, fazemos algo diferente, como um café digital com presidente, uma série de podcast, por exemplo, para começarmos a contar a narrativa do que estamos falando”, acentua. “Existe a questão da responsabilidade na hora de comunicar sustentabilidade e materialidade”, complementa.

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