27 de fevereiro de 2020

Como impulsionar a comunicação interna

Cynthia Provedel, instrutora da Escola Aberje de Comunicação, apresenta cinco estratégias para promover uma boa comunicação em um ambiente organizacional

(Imagem: Pixabay/CC/rawpixel)

A relação entre colaborador e ambiente de trabalho está diretamente ligada à comunicação. O engajamento das pessoas ao posicionamento oficial da empresa se faz exatamente ao se alinhar as informações – que chegam de todas as partes – de forma eficaz, para o entendimento de todos. Um desafio cada vez maior na comunicação interna das empresas. 

Pesquisa divulgada pela Ação Integrada em parceria com a Social Base, aponta que os investimentos em comunicação interna devem aumentar cerca de 37% em 2020. Para garantir a eficácia da comunicação, é preciso saber onde e como aplicar esses recursos. 

No último dia 20, Cynthia Provedel, especialista em comunicação organizacional, ministrou o curso Planejamento de Comunicação Interna pela Escola Aberje de Comunicação. A pedido do Portal, a instrutora listou cinco estratégias para uma comunicação interna bem-sucedida. Confira a seguir:

Comunicação afetiva/efetiva

A comunicação se faz assertiva quando também é afetiva. A capacidade de comunicação não é medida pela forma como se diz algo, mas pela maneira como se entende o que foi dito. Isso decorre da cultura organizacional e do nível de maturidade da comunicação interna na empresa. “Ter aliados que apoiem nossas “bandeiras”, exercitar influência transversal, conquista de espaço e alcance na organização no médio/longo prazo. Mas esse investimento se faz no presente e é preciso abrir a nossa agenda no dia a dia para dedicar tempo e energia para isso”, relata Provedel.

Meio x Mensagem

“Não basta ter meio, é preciso ter mensagem”, explica a professora. Possuir apenas um plano tático focado em ações e canais não necessariamente vai assegurar alcance, entendimento e engajamento. Por mais impressionante que seja a campanha, por mais eficientes que sejam os canais, é preciso cuidar das mensagens-chave e fazer com que elas cheguem de forma simples, customizada e com prontidão. Quanto mais os comunicadores conhecem a audiência, maior chance de acertar e evitar ruídos.

Dar voz ao colaborador

É fundamental não subestimar a expressão e o jeito informal da comunicação interna. Dar voz ao colaborador é permitir que ele protagonize a comunicação, como curador, produtor, influenciador: “Ter o colaborador no centro de tudo o que a gente faz, torna a comunicação mais humanizada, mais próxima, e cria uma conexão emocional que contribui para dar mais sentido à comunicação. Mas para isso acontecer, é preciso trilhar esse caminho, construir essa relação, dar espaço para que as pessoas atuem, confiando, acompanhando, apoiando e ‘desapegando’”. 

Liderança  

Para ser um bom líder na empresa, é preciso atuar com credibilidade na prática do diálogo e na construção de relações positivas com a equipe. Para Cynthia, a liderança vai muito além de cascatear e compartilhar informações. “Quando engajado e verdadeiramente consciente de suas habilidades e fragilidades, o líder tem condições de se preparar, conversar abertamente e gerar confiança junto ao time. Isso constrói relações mais saudáveis e perenes, tornando o dia a dia muito mais proveitoso e virtuoso”, ressalta. Dessa forma, a comunicação se torna mais significativa e fortalece uma cultura onde o diálogo possui o seu lugar preservado. 

‘Employer Branding’

“A experiência vivida e expressada com verdade é muito mais forte do que qualquer campanha”, afirma a instrutora da Aberje, frisando que  tudo o que o empregado vivencia na organização conta como participação. “É essa experiência do cotidiano que faz com que ele elabore sua percepção sobre o local de trabalho e sobre o gestor. É essa experiência que constrói sua percepção e que pode contribuir para que ele se torne um influenciador da marca de dentro, para fora”, comenta. “Se a cultura não é coerente, se a relação com o líder imediato não é positiva, se o clima não é bacana, se ele não se sente visto, dificilmente o colaborador vai se engajar em qualquer iniciativa de Employer Branding”.

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