20 de julho de 2016

Vídeos, Conteúdos e Marcas

O recente Seminário Aberje de Branded Content discutiu como as marcas podem produzir conteúdos relevantes, que gerem empatia com seus públicos. Pertinente tema, no momento em que se rompem fronteias entre Publicidade e Comunicação, em que a adoção de smartphones no Brasil segue aumentando – nesse ano deve ultrapassar 64 milhões de dispositivos – e as plataformas sociais batem recordes de adesão no país.

A televisão e a internet estão cada vez mais se misturando, bem como os vídeos e as redes sociais. Mudanças que fazem anunciantes e comunicadores pensarem muito além do modelo de difusão tradicional.

O vídeo tem sido o meio utilizado para que essas iniciativas ganhem perenidade nas redes sociais. Em uma espécie de cauda longa, após picos de visualização, a comunicação continua a ser vivenciada pelos internautas. Com várias estatísticas mostrando grande adesão às imagens em movimento, o vídeo volta a ter relevância nessa nova comunicação das marcas.

Segundo pesquisa da agência IMS 73% dos brasileiros assistem TV aberta, enquanto 82% acessam serviços de vídeo. Estudo do IAB Brasil e ComScore comprova que a internet supera a TV, sendo a mídia mais consumida no país, com 80 milhões de internautas. Mais de 40% dos entrevistados passam pelo menos duas horas por dia navegando na internet, enquanto apenas 25% dedicam o mesmo tempo à televisão. A internet aparece como a atividade preferida por todas as faixas etárias, de renda, gênero e região. Outro dado significativo é que dez, entre as vinte personalidades mais admiradas pelos adolescentes brasileiros, são Youtubers.

O grande palco mundial das ações de Branded Content e congêneres é o Festival Internacional de Cannes. No evento desse ano, realizado no mês de junho, o Brasil não ganhou nenhum prêmio em Entertainment, nova denominação da categoria Branded Content & Entertainment. Em PR o Brasil se saiu melhor com um ouro e dois bronzes. Nessa categoria o Grand Prix ficou com a peça The Organic Effect, desenvolvida pela Forsman & Bodenfors para a rede sueca COOP:

https://www.youtube.com/watch?v=oB6fUqmyKC8

O Ouro brasileiro foi para Nívea Doll, criação da FSB Brasil:

Os dois Bronzes brasileiros foram: The Mindchanger Workout, da Ogilvy para a Rio 2016 e Mirrors of Racism, da W3Haus para a ONG Criola.

Foi dos EUA a criação considerada a grande ideia de BC&E desse ano no festival. O case de realidade virtual e vídeo 360 graus do New York Times The Displaced, (ou 360VR – Video Transforming the Storytelling Experience) que já havia conquistado o Grand Prix de Mobile, conquistou também o GP de Entertainment:

O festival de Cannes mostrou que o bom aproveitamento do universo mobile trouxe ideias valiosas como as aulas de alemão via WhatsApp para refugiados, a foto no Instagram que pode levar o turista para dentro da Opera House de Sydney ou o telefone que incentiva visitar a Suécia.

Outro palco de ideias inovadoras é o Facebook Awards Latin America, em que o Brasil foi o país com maior destaque. Em sua quinta edição, essa é a primeira vez que o evento elege as melhores campanhas regionais. Ao menos um case brasileiro foi vencedor em cada uma das categorias do prêmio de melhor uso dessa rede social. Entre os premiados:

Coleção livros na timeline, Itaú, África:

Tchau Seriedade, Kibon, F.Biz:

Na categoria Bem Social – Marcas Escondidas, Instituto Maria de Penha, África:

Todos esses cases, propagados pelos vídeos, foram exitosos ao unir conceitos criativos a tecnologias inovadoras. Ao serem compartilhados espontaneamente promoveram uma experiência interessante entre a informação, o entretenimento e a marca.

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