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11 de novembro de 2011

O cumprimento tão esperado – que infelizmente não virá – em meus dez anos de Votorantim

Aberje
 
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E o meu muito obrigada a Carlos Ermírio de Moraes

Parece que foi ontem: novembro de 2001. Tinha poucos dias de Votorantim, quando chegou um pedido vindo diretamente do Dr. Antônio Ermírio de Moraes: providenciar uma placa em homenagem aos oito anos de governo do então presidente da República do Brasil. Lembro-me muito bem do bilhetinho, escrito de próprio punho, enviado por ele com os dizeres a serem registrados na placa. E eu mal conseguia esconder o entusiasmo de colocar em prática minha primeira missão no Grupo. Encarando como se fosse a tarefa mais importante de minha vida profissional, estava determinada a surpreender e fazer a melhor placa que Dr. Antônio já tivesse visto antes.

Fiz tudo como planejado. Inclusive me lembro de ter revisado o conteúdo do e-mail, ao receber a arte final para aprovar. Mas quis o destino (e minha ansiedade, certamente) que eu não enxergasse um erro de português, horroroso e imperdoável, logo na primeira linha da homenagem. A palavra era “cumprimentando…”, mas no lugar do “u” foi talhado “o”, e foi assim que chegou às mãos de Carlos Ermírio de Moraes, o filho do Dr. Antônio, recém-eleito presidente do Conselho Executivo. Ele havia ficado responsável por levar a placa ao aeroporto, onde o pai dele e toda a comitiva se encontrariam às 10h30 da manhã daquela fatídica quarta-feira, para decolar rumo a Brasília.

Parecia um pesadelo. Como pude deixar isso acontecer? Mal havia chegado ao Grupo e seria mandada embora, por justa causa. Fiquei imaginando o filho explicando ao pai, Dr. Antônio, que ele estava prestes a viajar sem a tão aguardada placa porque a jornalista, recém-contratada, havia escrito uma palavra erradamente. Que vergonha, que raiva e quanta angústia! Mas nada foi mais forte que a determinação em consertar aquele erro. Nem que fosse minha primeira e última tarefa para aquela família muito admirada por mim, ainda que mal a conhecesse de perto, até então. E depois de algumas horas, que pareciam voar, e de muitos imprevistos, que pareciam não ter fim, cheguei ao aeroporto três minutos antes do embarque, com a placa exibindo um “cumprimentando” impecável (contrapondo-se a meu estado de pânico).

Dia seguinte, ainda sob o impacto do que havia acontecido, toca o telefone. Era a secretária do Conselho, pedindo minha ida ao 16º andar, porque Carlos Ermírio gostaria de falar comigo pessoalmente. Naquele instante, senti um frio na barriga. O que mais poderia ter feito errado? Será que o presidente havia percebido minha gafe? Impossível! Será que Dr. Carlos, como todos o chamavam, havia encontrado novo erro, com seus olhos de lince? Seria o maior fiasco de minha carreira. Para piorar, Carlos Ermírio mal me conhecia. Já me agradecera no dia anterior, ao receber, de minhas mãos trêmulas, a placa refeita. O que mais ele teria a me dizer? Sem conseguir adivinhar o que estava por vir, respirei fundo e lá fui eu, preparando-me para o pior.

Ao abrir a porta, ele já me esperava em pé, convidando-me a entrar. Estava tão nervosa que, em vez de sentar na cadeira que ele educadamente havia puxado para mim, sentei na outra. Diante de tamanha trapalhada, Carlos Ermírio esboçou um sorriso tímido e me cumprimentou gentilmente. Sentou-se, olhou firme para mim e disse: “Malu, chamei você aqui, em primeiro lugar, para lhe agradecer e parabenizá-la. Você tinha um problema e resolveu a tempo. A placa ficou ótima e o presidente gostou muito. Gostaria de lhe dizer também que você não precisa ficar tão nervosa diante de um problema. Quanto mais serena estiver, mais rapidamente chegará à melhor solução. Sabe, continuou, mudando o tom,  eu já cometi muitos erros, em minha vida – porém o mais importante é ter humildade para aprender com todos eles, pois é errando que a gente cresce. Portanto, seja bem-vinda ao Grupo e muito obrigado. Precisamos de gente assim, como você, com garra e determinação, que não desiste diante de uma dificuldade”. Quase sem palavras, agradeci, apertei-lhe a mão e me retirei da sala, ainda sem acreditar naquele final (ou início?) tão feliz.

O tempo passou. Outras placas vieram. Outros erros – e trapalhadas – também. E me lembro, como se fosse hoje, da emoção ao ouvir aquela mensagem tão acolhedora e inesperada, vinda do presidente do Conselho Executivo da Votorantim, naquele dia marcado para sempre em minha memória. Um incidente que me permitiu estar diante de um grande líder, com quem tive o privilégio, a partir dali, de conviver e de aprender muito, a cada dia. Conheci um cavalheiro e um guerreiro incansável. Discreto, simples, detalhista e sempre tão cuidadoso. Um algodão entre cristais, que tinha o dom de conciliar e de convergir as opiniões mais contrárias em torno de um objetivo maior, para o bem de todos. Exigente e ao mesmo tempo justo e generoso. Um verdadeiro mentor, de valores inegociáveis, que sabia a hora certa de elogiar, de agradecer, de cobrar e até de se desculpar, quando achava que as broncas – ou os momentos de estresse – haviam sido duros demais.

As palavras de encorajamento de Carlos Ermírio naquele fatídico dia me incentivam e dão forças para superar cada obstáculo de minha trajetória. Aliás, uma trajetória que completa dez anos neste mês, dentro do Grupo: momento em que eu gostaria tanto que ele estivesse por perto, pois seria a minha vez de, novamente, dizer muito obrigada. Mas, quis o destino (este, implacável, de novo!) que Carlos Ermírio nos deixasse precocemente. Então, ainda com um vazio enorme provocado pela falta que ele nos faz, entendo que a melhor forma de agradecimento é pôr em prática o legado que ele nos deixou. E me permitir acreditar que, se ainda estivesse por aqui, ele me chamaria em sua sala ou enviaria um bilhetinho, escrito de próprio punho, parabenizando, incentivando e agradecendo, como sempre fazia, com seu mais sincero e generoso cumprimento –  que, vindo dele, certamente estaria escrito com “u”!

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