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18 de janeiro de 2024

Futuro do ESG: transformação autêntica ou moda passageira?

Bruno Barbosa
 
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Estamos prestes a entrar, no mínimo, no quarto ano da “onda ESG” (boas práticas ambientais, sociais e de governança), tema que, mesmo com oscilações, domina a lista de prioridades de executivos, fundos de investimento e mídia especializada. Hoje, com capital mobilizado em queda, mas ainda em quantidade considerável, e constantes regulamentações governamentais mundo afora, a tendência acumula questionamentos sobre sua efetividade, validade e até legitimidade. Afinal, o ESG veio para ficar e mudar paradigmas ou foi apenas uma marola passageira e superficial?

De 2020 a 2024: passamos por uma pandemia sem precedentes; presenciamos evoluções tecnológicas exponenciais com o advento do AI; atravessamos transições na geopolítica global, com mudanças no eixo de poder e novos conflitos regionais; pudemos sentir na pele os efeitos da crise climática e de biodiversidade no mundo inteiro. Tais eventos impulsionaram a importância da agenda, mas ainda há incertezas sobre projeções futuras.

Para vislumbrar um horizonte, é fundamental refletirmos: qual é o propósito do ESG? Esse é um ponto que claramente ainda carece de consistência, tanto para os defensores mais apaixonados, como para os “haters”.

Nesse contexto, lembramos que a teoria original, alçada pelo Pacto Global em 2004 – no documento “Who Cares Wins” (Quem se importa ganha) em conjunto com diversas instituições financeiras –, estava focada no aumento do desempenho dos negócios e na qualificação da avaliação dos investimentos, ao passo que isso contribua com as metas do desenvolvimento sustentável. Portanto, quem esperava que o ESG fosse a boia de salvação do mundo, frente aos males ambientais e sociais que vivemos, já tinha falhado desde o princípio. Pois a abordagem estava e está alinhada, sim, com a sustentabilidade global, mas sobretudo circunscrita à atividade empresarial. A responsabilidade por promover as mudanças que o planeta demanda cabe também às empresas, mas é partilhada ainda com outros atores, sobretudo o poder público.

Tal vocação é confirmada pelos recentes dados da 4ª Pesquisa de Marketing de Causa, realizada pela Ipsos, com curadoria da CAUSE, do Instituto Ayrton Senna e da ESPM. No levantamento, 83% assinalam que o governo é quem mais deveria agir para melhorar aspectos socioambientais; a sociedade (61%), as empresas (54%), a ciência (10%) e as ONGs (10) aparecem na sequência do ranking. Já na percepção sobre quem, de fato, está agindo, a Ciência aparece na primeira posição (76%), sucedida por: ONGs (75%), empresas (68%), governo (61%) e sociedade (60%). Contudo, para 2 ⁄ 3 dos respondentes, as empresas ainda estão agindo pouco. Logo, ainda há um campo a ser explorado para que sejam consideradas, efetivamente, agentes de transformação.

Consequentemente, a pressão por negócios integralmente responsáveis faz com que a agenda avance, sem necessariamente ganhar a tração necessária para gerar impacto social relevante e mensurável. Com isso, cresce também o movimento dos “haters” do ESG, evidenciado especialmente nos EUA e presente no discurso de políticos conservadores, que passam ao largo da utilidade para a sustentabilidade dos negócios. Para eles, empresas não deveriam adotar essas medidas, pois não possuem legitimidade para trabalhar com temas de “interesse público”, por não terem sido eleitas para tanto. E que, no final das contas, essa seria uma distração do objetivo principal (“lucro”). Tal discurso é potencializado pela alta polarização que o país vive e chega a estimular a criação de fundos “anti-ESG”.

Contudo, é impossível dissociar os negócios das urgências socioambientais. Se alterações climáticas são capazes de produzir secas ou inundações, isso certamente afeta os resultados de empresas ligadas à agricultura ou produção de alimentos, por exemplo. Uma indústria de base que sabe gerir melhor o seu consumo de água ou energia elétrica terá, consequentemente, uma eficiência maior e mais competitividade; empresas que prestam serviços que possuem uma ampla base de clientes femininos, certamente, se beneficiaram em possuir executivas mulheres em sua liderança.

Queda e resiliência

O volume de investimentos em fundos ESG, que há poucos anos apareciam com uma forte tendência de crescimento, tem apresentado resultados abaixo das expectativas. Segundo pesquisa recente da Lipper, o total de ativos sob gestão em fundos ESG caiu cerca de US$ 163,2 bilhões globalmente, durante o primeiro trimestre de 2023 em relação ao ano anterior. Pesquisadores apontam para uma confluência de eventos políticos – como a politização do assunto nos EUA – e geopolíticos – como as guerras e o aumento da demanda por armamentos e energia –, que prejudicaram gravemente o interesse de investimentos do tipo. Outro problema é a dificuldade de classificação de ativos. Ainda existe muita dispersão de métricas e conceitos, que geram insegurança para investidores. Mesmo assim, o mesmo estudo da Lipper revelou que o desempenho dos fundos ESG, medidos pelo retorno médio geral, foi superior aos fundos tradicionais (2.2 pontos percentuais).

Apesar da queda no volume de investimentos, uma série de pesquisas constataram uma grande resiliência da agenda, já que os fatores ESG estão definitivamente presentes na pauta da alta liderança de grandes organizações. O levantamento global “The ESG Data Conundrum”, realizado pela IBM e que entrevistou mais de 2.500 lideranças de 22 setores distintos, afirma que 76% dos executivos consideram as boas práticas empresariais como um tema central para sua estratégia de negócio. No Brasil, o “Global Reporting and Institutional Investor Survey” ouviu mais 1.040 líderes financeiros seniores nas empresas e 320 investidores, dos quais 99% direcionaram decisões considerando aspectos ESG.

Já no universo dos consumidores, de acordo com a pesquisa da IBM, que ouviu mais de 20 mil respondentes, em dois anos, o número de pessoas que acreditam nas declarações ligadas à sustentabilidade das empresas caiu pela metade. Os motivos estão na persistente crise de confiança da população nas instituições e também na dificuldade das empresas de entregar e comunicar os resultados prometidos.

Enrijecimento das regulações e relevância dos dados

Um fenômeno global que todas as empresas (especialmente as de médio e grande porte) precisam se ater é o aumento das regulamentações sobre a gestão sustentável dos negócios e da vigilância sobre a veracidade e acuracidade dos dados disponibilizados pelas empresas.

Movimento liderado pela União Europeia, podemos observar essa tendência através da política “Plano de Ação: Financiar o Desenvolvimento Sustentável” (2018) e do “European Green Deal” (2020), que criam uma série arcabouços legais e políticas públicas para aumentar o fluxo de capital para uma economia sustentável e para exigir que as empresas divulguem corretamente suas informações e melhorem seu desempenho ESG. Neste sentido, buscam por uma padronização na divulgação de dados e um aprimoramento das regras contábeis.

No Brasil, também estamos presenciando alguns avanços neste sentido. A regulamentação de um mercado de carbono está em vias de ser concretizada; já foi aprovada no Senado e agora segue em tramitação na Câmara. Na semana passada, o país se tornou o primeiro do mundo a adotar relatórios de gestão de risco ligados à sustentabilidade e às mudanças climáticas, com base nas normas padronizadas pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). Todas essas medidas irão exigir um outro nível de gestão, desempenho e reporte das ações de sustentabilidade das empresas.

Conclusões e tendências

Apesar de abalos em várias ordens, podemos concluir que sim, o ESG veio para ficar. Por mais que ele se transmute e mude de nome, quiçá pelo esvaziamento do termo atual, executivos e gestores de fundos passaram, de vez, a utilizar critérios sociais, ambientais e de governança para avaliar seus ativos. E os consumidores, por mais desconfiados que estejam, seguem demandando uma alta responsabilidade social e ambiental das empresas.

Por mais difícil que seja enxergar uma mudança no curto prazo, sob a sombra de fenômenos conjunturais que estão freando a agenda, as urgências climáticas, ambientais e sociais pressionam reguladores de todo o mundo para enrijecer as leis e cobrar das empresas mais transparência e ações efetivas para melhorar seu desempenho socioambiental.

Algo que deve ser priorizado, neste momento, é a gestão mais eficaz de dados ESG. Nesse sentido, o alinhamento entre todas as áreas de uma empresa, por meio de uma boa Governança Corporativa, mostra a importância da transparência, da prestação de contas, da responsabilização dentro da cultura de uma organização e, mais ainda, da redução de riscos, e consequente ganho reputacional.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Bruno Barbosa

Graduado em Gestão de Políticas Públicas e Mestre em Sustentabilidade, é Diretor de Operações na CAUSE.

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