08 de outubro de 2020

Expectadores ou construtores do mundo?

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É muito bom compartilhar pensamentos com os colegas e demais pessoas. Traz uma satisfação imensa! Começo este artigo com a citação abaixo:

Marilyn Ferguson nos anos 90: “…nós contribuiremos para o problema ou para a solução? O tempo dos expectadores está chegando ao fim, precisamos optar por sermos mestres da construção de um novo mundo”

Esta citação cabe bem neste momento! A parada brusca que tivemos no mundo, pode ter impulsionado alguma mudança na liderança das empresas. Então, se olharmos com lentes mais otimistas, este já seria um benefício desta situação tão assustadora. Frente a tantas mudanças arremessadas a nós de forma tão avassaladora, as organizações que estiverem alinhadas com seus propósitos e forem coerentes com seus atributos de marca e sua proposta de valor, estarão em melhor sintonia e terão um nível de aderência maior com seus públicos de interesse e consequentemente melhores resultados ao longo do tempo.

Saber sua razão de existir para conseguir dar significado às suas ações de comunicação e suas narrativas. Muitas vezes, as lideranças das empresas precisam apenas redirecionar ou ajustar o caminho, mas outras vezes, precisam estremecer, misturar e se ressignificar por completo! E isso demanda tempo, dedicação e comprometimento.

Estamos no momento de pensar qual será a nova era! Trabalho flexível, home-office permanente, comunicação digitalizada, novos conceitos de vida?

Estamos no tempo da mudança e da confiança, da colaboração e da empatia, da flexibilidade e de melhor qualidade de vida, mas também da produtividade e baixos custos, dos erros mais do que dos acertos e da jornada válida como aprendizado contínuo!

É relevante as organizações olharem para dentro, fazerem um trabalho de autoconhecimento e descobrirem o que elas podem solucionar para o mundo, para quais os desafios da humanidade podem contribuir, e nesta pandemia, muitas empresas tiveram esta oportunidade.

“Por que existo?” – Pergunta simples, mas profunda para começar a jornada de descobrimento do propósito empresarial.

A definição do propósito de uma empresa e sua razão de existir muitas vezes já está lá, mas não consegue ser visto ou falado. Esta descoberta se faz a várias mãos, com muito diálogo, se constrói com pessoas e a partir daí, os objetivos estratégicos, o direcionamento empresarial e a comunicação institucional ganham robustez e suprem as expectativas do mercado, gerando resultados positivos e agregando valor para a empresa. As estratégias apontarão o posicionamento da marca, a identidade visual, o modo de se comunicar institucionalmente e os valores que ela vai transmitir.

Do descobrimento do propósito em diante, é preciso compartilhá-lo com as pessoas.

Antes de mais nada planejar e elaborar a estratégia de comunicação engajar seu público interno, pensar como “tocar” as pessoas que acordam todos os dias, se levantam, pegam suas conduções e se dedicam para a empresa gerar cada vez mais valor no mercado. O público interno é o primeiro que precisa se conectar com o propósito da empresa, até porque, precisa fazer sentido para se fazer parte dela!

Tive a oportunidade de liderar a disseminação de crença e propósito globalmente em um dos meus desafios profissionais e foi uma experiência incrível, mergulhar tão profundamente nesta razão de existência, conhecer pessoas neste processo, engajar e inspirar este público primeiramente para depois reverberar seu propósito para fora. O propósito precisa ser incorporado e não decorado, precisa ser sentido, ter significado para sustentar-se de dentro para fora e tornar-se real, ser consistente e coerente através das ações de comunicação e marketing no decorrer dos anos.

A partir disso, precisamos olhar para as pessoas no âmbito externo, os seus mais diferentes públicos, alguns muitas vezes nem tão óbvios, mas é necessário. As ações de comunicação e marketing da empresa fazem com que as pessoas se identifiquem, além de suas necessidades.

O posicionamento de uma marca a diferencia, cria percepção positiva e a faz ganhar a preferência do público, por isso as estratégias de branding, ou seja, as ações de gestão de marca, a comunicação institucional estão focadas em engajar o público externo, pois este público busca empresas que estejam alinhadas com seus valores, crenças e estilos de vida.

Esta percepção é palpável quando expressa um propósito consistente, a empresa se torna protagonista de sua trajetória, comunica-se de forma livre e transparente. Isso é transformador e poderoso na construção desta nova era!

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Ligia Maia Vannucci

Executiva de Comunicação Corporativa, publicitária e pedagoga, especialista em comunicação e marketing, apaixonada em definir estratégias de comunicação e por impulsionar o descobrimento do propósito e o fortalecimento da imagem e reputação das empresas de dentro para fora. Como gestora de marketing, planejou e executou patrocínios e eventos como São Paulo Fashion Week e Casa Cor e GP-Fórmula 1. Especialista em planejamento da comunicação, em plataformas digitais e mídias sociais, posicionamento de marca, publicidade, gestão de patrocínios, pesquisas, campanhas internas, gestão de crise e assessoria de imprensa. Possui know-how na estruturação de áreas de comunicação, gestão de equipes, de canais, conteúdos e narrativas, disseminação de cultura organizacional e de compliance. Em 2019, levou a empresa ao reconhecimento no Prêmio Aberje expondo com o case: “Conformidade é para todos: uma nova forma de agir e pensar”, na categoria Ética. Mestre em Gestão Empresarial pelo INSPER e pós-graduada em Comunicação Corporativa pela ESPM.

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