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31 de março de 2025

Comunicação Interna como Prova de Cuidado: segurança psicológica é também uma direção organizacional

Leila Gasparindo
 
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O Brasil vive uma crise silenciosa nas organizações: em 2024 o país registrou mais de 470 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais. O maior número desde 2014, segundo dados do Ministério da Previdência Social. O aumento é um alerta contundente sobre a saúde emocional no trabalho.

Síndromes como burnout, ansiedade e depressão se tornaram protagonistas de uma nova dimensão dos riscos ocupacionais: os psicossociais. A cultura de alta pressão, a ausência de espaços seguros para diálogo e o medo de errar agravam esse cenário — especialmente em países como o Brasil, onde a distância hierárquica nas relações corporativas ainda é marcante.

É nesse contexto que ganha relevância o conceito de segurança psicológica e o papel da comunicação interna como vetor estratégico de cuidado, escuta e inovação.

Segurança psicológica: muito além de um clima agradável

Desenvolvido por Amy Edmondson, professora da Harvard Business School, o conceito de segurança psicológica descreve ambientes em que as pessoas se sentem à vontade para se expressar, assumir riscos, cometer erros e propor ideias — tudo isso sem medo de segurança ou constrangimento.

Como demonstrei em minha dissertação de mestrado pela Universidade de São Paulo (USP, 2017), ambientes inovadores dependem de relações horizontais e comunicação mais aberta e transparente. Não é possível inovar onde há silêncio, medo ou opressão simbólica. Pesquisas da especialista Bethânia Tanure, um dos principais estudos da cultura organizacional brasileira, apontam que nosso país apresenta traços culturais marcados por alta centralização do poder, baixa propensão ao confronto e grande valorização da figura do chefe. Esses elementos reforçam o medo de errar e a busca por aprovação constante, criando ambientes onde a expressão de ideias ou dúvidas pode ser vista como ameaça à ordem estabelecida. Essa característica dificulta o desenvolvimento de uma cultura de confiança e autonomia — pré-requisitos para a inovação e para a construção de ambientes psicologicamente seguros. Assim, entender e atuar sobre esses traços culturais é fundamental para transformar a comunicação em um instrumento de diálogo real, e não apenas de transmissão de mensagens.

A NR-01 e os riscos psicossociais: quando o cuidado vira norma

Desde 2022, com a atualização da Norma Regulamentadora 01 (NR-01), as empresas brasileiras passaram a ser legalmente responsáveis também pela identificação, avaliação e controle dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho.

Embora originalmente voltada para a segurança física, a NR-01 determina que o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) inclua aspectos relacionados ao bem-estar emocional dos colaboradores — como assédio, sobrecarga, isolamento e insegurança institucional.

Dessa forma, o cuidado com a segurança psicológica não é mais apenas uma escolha ética ou cultural: é uma diretriz formal que exige ações estruturadas — e comunicáveis.

Comunicação interna como ferramenta de proteção e prova institucional

Em tempos de incerteza e sofrimento emocional, a comunicação interna precisa assumir um papel ativo na criação de ambientes emocionalmente seguros. Não se trata apenas de informar, mas de formar cultura, abrir espaços de escuta e garantir coerência entre discurso e prática.

Entre as principais contribuições da comunicação nesse contexto, destacam-se:

  • Clareza e transparência: A redução da ambiguidade e a oferta de informações consistentes diminuem a ansiedade organizacional.
  • Escuta ativa e diálogo estruturado: Fóruns, rodas de conversa, pesquisas sensíveis e canais abertos demonstram institucionalmente que a empresa valoriza a expressão dos colaboradores.
  • Valorização simbólica e reconhecimento: Histórias de contribuição, comportamento ético e atitudes colaborativas reforçam os valores desejados e geram pertencimento.
  • Formação e sensibilização: A comunicação pode potencializar treinamentos em saúde mental, empatia, feedback e resolução de conflitos, além de garantir o acesso aos canais de apoio.
  • Cultura de feedback: Incentivar a troca respeitosa e a crítica construtiva fortalece o clima de segurança e promove melhorias contínuas.

O papel das lideranças e a intencionalidade estratégica

Líderes são comunicadores institucionais. Quando capacitados para ouvir, dialogar e acolher, tornam-se pontos de sustentação emocional para as equipes. Cabe à comunicação interna oferecer suporte a esses líderes — com conteúdo, linguagem e canais adequados — para que a segurança psicológica se torne prática cotidiana.

Além disso, é papel da área mapear riscos comunicacionais — ruídos, silêncio— ruídos, silêncios, distorções e sobrecargas — que podem ser gatilhos para o adoecimento emocional e a ruptura do engajamento.

Mais do que canal: a comunicação como cultura

A comunicação interna deve ser reconhecida como um pilar da cultura organizacional. Ao institucionalizar espaços de escuta, valorizar vozes diversas, sustentar a coerência entre discurso e ação, e traduzir normas técnicas como a NR-01 para o cotidiano das relações, ela se posiciona como prova viva de que o cuidado é real e estruturado.

Conclusão: comunicar é cuidar — e inovar

A comunicação interna não é apenas suporte à estratégia. Ela é a estratégia quando conversamos de cultura, saúde organizacional e inovação. Em um momento em que a saúde mental virou pauta institucional e a segurança psicológica, uma obrigação legal, a comunicação precisa ocupar seu lugar de protagonismo.

Mais do que nunca, comunicar é cuidar. E cuidar é inovador.

Colaborou neste artigo, Denise Pragana Videira, gerente de Atendimento em Comunicação Interna do Grupo Trama Reputal

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Leila Gasparindo

Pesquisadora da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e Mestre em Ciências da Comunicação pela mesma instituição. Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atuou em diversos veículos de imprensa no Brasil até 1996 quando direcionou sua carreira para fundar a Trama. Possui pós-graduação em Gestão da Comunicação Organizacional e Relações Públicas pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), certificação em GRI e diversos cursos de aperfeiçoamento em Comunicação Organizacional e Branding. Acumula mais de 25 anos de experiência em Consultoria de Comunicação e Relações Públicas realizando o atendimento de empresas de diversos portes e segmentos nacionais e internacionais. Em 2023, liderou o desenvolvimento da Radar Employer Branding, metodologia exclusiva do Grupo Trama Reputale para avaliar a maturidade da Proposta de Valor para o Empregado (EVP) das empresas que desejam ter uma Marca Empregadora competitiva, tanto para atuais quanto para futuros colaboradores. O diagnóstico gerado pela Radar Employer Branding permite às empresas revisarem seus processos internos de RH, em conjunto com ações de Comunicação, de forma a trabalhar a percepção positiva do público alvo a respeito dos benefícios psicológicos, funcionais e econômicos das marcas como boas empresas para se trabalhar. Autora de artigos e livros publicados na área de comunicação, marketing e inovação. É palestrante e aconselha diretamente presidentes de empresas. Ministrou mais de 450 Media Training para empresários no país. Foi uma das fundadoras da Abracom Associação Brasileira das Agências de Comunicação. É Practitioner em PNL.

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