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19 de agosto de 2019

A morte e a ressurreição dos jornais

Augusto Pinto
 
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Os jornais diários impressos vêm morrendo lentamente há duas décadas. Os dados referentes à indústria dos jornais diários nos Estado Unidos são aterradores. A circulação diária dos jornais impressos no país encolheu de 60 milhões em 1994 para 35 milhões em 2018, só que agora combinando a circulação impressa mais a digital. Simultaneamente, o faturamento de publicidade caiu de US$ 65 bilhões no ano 2000 para US$ 19 bilhões em 2016. Entre 1994 e 2014 o número de empregos na indústria (de jornais) nos Estado Unidos caiu 40%. E, embora as assinaturas e a publicidade das edições digitais de jornais nacionais, como o Washington Post e o New York Times, tenham disparado desde 2016, nem de longe compensam as perdas dos impressos. No Brasil a coisa não é muito diferente. Segundo o IVC (Instituto Verificador de Comunicação), em 2018, a circulação dos dez principais jornais brasileiros caiu 10,5% na versão impressa e cresceu apenas 5,4% na digital.

E qual teria sido o gatilho propulsor de tamanha queda? Como nos desastres aéreos, a causa é sempre uma combinação de fatores. Primordialmente, as novas gerações são superficiais pela influência das mídias digitais e continuamente atualizadas pelos múltiplos canais disponíveis (efeito omnichannel, via computador, smartphone, painéis eletrônicos em ambientes públicos e, mais recentemente, notícias do minuto via Whatsapp). Além disso, a internet traz o carimbo de “tudo grátis”. Se eu ouço música no Spotify e assisto vídeos no YouTube, tudo de graça, por que pagaria por um jornal impresso, uma revista semanal, ou mesmo um ingresso de cinema (sim, a internet e o Netflix também estão maltratando a indústria cinematográfica)?

Mas da mesma forma que o streaming não matou a indústria fonográfica, nem a cinematográfica, que apenas se reposicionaram, também a internet e a mobilidade de acesso à informação não vão matar a indústria de publicações, mas vão exigir dela uma enorme transformação. E qual será essa transformação? Essa é a pergunta de alguns milhões (bilhões) de dólares. Eu, como qualquer um de vocês, também tenho meus palpites, que compartilho.

A saga de vida, paixão e morte do iTunes da Apple nos dá algumas pistas. Nascido em 2001, o iTunes acabou com a indústria de CDs e disc players. Em sua coleção você encontra todas as músicas do mundo e, diferentemente dos CDs físicos, você não precisa pagar por 10 a 20 músicas para poder ouvir dois ou três dos seus hits favoritos. No iTunes você ouve de graça no computador todas as  faixas de um álbum e paga US$ 0,99 por download, apenas pelas faixas que lhe interessam. Aí vêm o Spotify com uma oferta ainda melhor. Você ouve o que quiser, de qualquer álbum, de graça, desde que acessando via internet em qualquer dispositivo. Graças ao 3G, 4G e WiFi, disponíveis de forma irrestrita, essa opção tornou-se atraente e viável. Mas, se você quiser baixar músicas, qualquer uma, para ouvir offline no app de seus dispositivos, então basta pagar uma taxinha mensal de quatro a cinco dólares e toda a fonografia do mundo estará à sua disposição. Então, tchau iTunes. E aí a Apple tem que criar a sua Apple Music para concorrer com o Spotify.

O modelo do Spotify é o “freemium”, onde o básico é grátis e o sofisticado é barato. Com os jornais, na minha opinião, vai ocorrer o mesmo. De repente a versão digital básica do Estadão, Folha ou O Globo, será rasa, padronizada, e atualizada minuto a minuto e gratuita (o G1 seria isso em relação ao O Globo). Mas, se você quiser algo sob medida, configurado em função de seus interesses, então você acessa o app, configura para obter apenas o que lhe interessa e aí paga por isso. Hoje eu assino o Estadão, mas poderia ser qualquer outro jornal. Leio em papel e no digital, dependendo do local. Mas o conteúdo que eu recebo é o mesmo que os demais assinantes recebem. E de todo o conteúdo recebido, leio, digamos, 10%. Por que só 10%? Porque a maioria das manchetes e matérias factuais eu já li na véspera nos portais de notícias online. E também porque nem todos gostam de futebol, teatro, cinema, resenhas de livros, colunas sociais, política, economia etc. E cada um tem suas preferências por analistas em cada uma dessas categorias. Então eu posso preferir ler a coluna política da Vera Magalhães, enquanto meu vizinho prefere a Eliane Cantanhêde.

Já imaginou?! Você poderá configurar seu jornal diário (ou revista semanal), escolhendo os conteúdos temáticos, os articulistas e analistas de sua preferência e no formato de sua escolha! Você poderá preferir acessar seu jornal na versão para leitura ou para áudio. Poderá ler só os headlines, se estiver sem tempo, ou ir clicando nos que lhe interessam para obter o conteúdo detalhado. Tudo isso multimídia, combinando gráficos interativos e vídeos e com drill down para os conteúdos detalhados que deram origem à informação. E você só paga pelo que consome.

Vamos viajar mais um pouco. Você só paga QUANDO consome. Ou seja, quando faz login pode pagar pelo conteúdo consumido e pelo tempo na plataforma. É o novo mundo dos algoritmos. E quanto à publicidade online, na versão grátis, com um público enorme (exatamente porque é grátis), deve crescer talvez para patamares equivalentes aos dos anos de ouro da versão impressa. E mais, como os algoritmos vão entender nosso perfil de consumidores de conteúdo, a mídia digital programática, cirúrgica e sob medida para cada indivíduo, será vendida a peso de ouro nas edições pagas do app.

Ou seja, como sempre aconteceu na história, o mesmo veneno que mata uma geração será o fermento que propicia seu renascimento.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Augusto Pinto

Engenheiro de formação, Augusto tem mais de 30 anos atuando no mercado de TI. Iniciou a carreira na IBM, de onde saiu para se tornar um executivo bem sucedido na indústria de software. Foi o 1º presidente da SAP Brasil, onde atuou por sete anos, e também VP América Latina da Siebel Systems. Atua há mais de 15 anos em Comunicação Corporativa, como sócio fundador da RMA Comunicação. Em fevereiro de 2019, a RMA e RP1 uniram suas operações, criando uma nova empresa, a RPMA, empresa de comunicação integrada e projetos digitais. Hoje o Augusto faz co-gestão da RPMA, junto com a Claudia Rondon e Marcio Cavalieri, cuidando das áreas de Marketing Digital, Criação & Vídeo, RH estratégico e desenvolvimento da empresa a longo prazo.

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