14 de julho de 2021

Capítulo Aberje Rio de Janeiro chega ao seu 80º encontro com o tema “Experiência do Colaborador”

Encontro reúne comunicadores da TIM, Novartis, iFood e Philip Morris Brasil

Encontro reúne comunicadores da TIM, Novartis, iFood e Philip Morris BrasilO 80º encontro do Capítulo Aberje Rio de Janeiro reuniu convidados especiais para discutir o tema “Experiência do Colaborador” ou Employee Experience, com foco no engajamento, na marca empregadora e na jornada do colaborador. A diretora do capítulo Carolina Paiva, gerente executiva de Comunicação Interna e Marca Empregadora da TIM Brasil, recebeu a head de Comunicação da Divisão Farma para Brasil da Novartis, Claúdia Dias; o head de Cultura, Comunicação Interna, Diversidade e Employer Branding no iFood, Gustavo Ramos; e a gerente de Engajamento de Pessoas e Inclusão & Diversidade da Philip Morris Brasil, Natalia Albuquerque.

Ao iniciar o evento, Carolina Paiva ressaltou o propósito do encontro em compartilhar as dificuldades e as descobertas em construir a jornada do colaborador, quais os desafios e as transformações vividas, as adaptações necessárias para uma visão de futuro e como as empresas estão se preparando para isso.

Em sua fala, Claudia Dias contou que a Novartis começou um trabalho por volta de 2016 a partir de um movimento global muito grande a fim de definir qual seria a proposta de marca empregadora da companhia. Ela contou que propósito, empoderamento e colaboração são os pilares da marca empregadora, e a partir disso definiu-se uma série de mensagens-chave e de experiências. “Quando você começa um processo de digitalização e toda a questão de inteligência artificial, o desafio é como atrair pessoas que não são necessariamente do setor farmacêutico. Foi aí que começou toda uma reflexão para um movimento de atração e de retenção de talentos. Depois tem o desafio do processo de transformação cultural que a Novartis vive, o desafio de um onboarding bem feito para que o colaborador vivencie uma proposta de cultura diferenciada”, argumentou.

Cláudia Dias

No iFood o desafio é diferente, conforme contou Gustavo Ramos. “Pela questão do crescimento [vertiginoso], fazemos coisas muito orgânicas, pois se planejar muito, não dá tempo. Nós vamos medindo, descobrindo enquanto se vai construindo. Nós nascemos digital, mas temos os problemas de qualquer empresa que está  crescendo”, acentuou. 

Qual o grande propósito da empresa? “O iFood é uma empresa muito quente do ponto de vista cultural, as pessoas querem estar próximas, querem descobrir o novo, trabalhamos muito na incerteza, isso é muito legal quando se descobre a solução, o dia a dia é muito intenso. O grande desafio é como crescer organicamente sem um grande planejamento”, revelou Ramos.

Gustavo Ramos

Para Natália Albuquerque, a história da Philip Morris é muito similar à de seus colegas, do ponto de vista de transformação. “Estamos passando por uma mudança diferente como organização pelo mercado que atuamos, o tabagista. A preocupação da empresa com pessoas surgiu há mais de cinco anos, quando a organização resolveu transformar o negócio ao lançar uma nova visão: construir um futuro sem fumaça, um futuro sem cigarro. Mas como sobreviver sem o produto? A indústria está mudando, o consumidor está mudando, a sociedade está mudando e as necessidades das pessoas estão mudando”, iniciou.

A executiva comentou sobre as mudanças na indústria do tabaco ao longo dos anos e que a empresa precisou se movimentar para continuar operando no mercado. “Estamos passando por uma transformação holística e bem completa, que vai desde mudar o nosso core business, que é lançar plataformas de produtos de tabaco aquecido, uma linha diferente do cigarro. A empresa investiu muito em ciência e tecnologia para identificar que a queima do tabaco produz várias substâncias nocivas ao organismo. E ao invés de queimar eu esquentar o tabaco reduz-se a produção das substâncias nocivas em até 96%. Para os adultos fumantes que querem continuar fumando isso se apresenta como uma alternativa. A empresa começou a investir em novas tecnologias e junto com isso você traz um novo propósito para a organização”, revelou Natália.

Natália Albuquerque

De acordo com a executiva, o propósito é o de transformar a indústria do tabaco eliminando o cigarro que é nocivo para o organismo humano e trazer uma alternativa que apresenta muito menos danos. “Precisávamos mudar a maneira como nos relacionamos com a sociedade, pois historicamente a indústria do tabaco se fechou nela mesma. Passamos a ser uma organização centrada no funcionário e externamente conectada com o consumidor. Estamos no caminho dessa transformação de mindset e de cultura que a gente quer dentro da organização. Com isso surgem vários processos como a criação de uma área de Employee Experience, vista como uma skill que precisa permear toda a organização para que possamos nos conectar mais com as pessoas e entender as suas necessidades nas diferentes esferas que conseguimos trabalhar”, explicou.

Desafios no onboarding e a importância da escuta ativa

O papel da Comunicação não apenas ficou consolidado como área estratégica dentro das corporações, como vem ganhando uma amplitude maior quando se olha para a relação desse comunicador com a jornada dos colaboradores. “Temos o papel de ‘embalar’ os temas e cuidar para que eles sejam endereçados de maneira adequada e conectando as pessoas ao propósito, aos valores e à cultura da companhia”, comentou Carolina. “Esse é justamente o desafio do onboarding”, completa a executiva. 

Carolina Paiva

Para mapear e identificar tudo o que um novo colaborador recebia ao ingressar na companhia, a equipe de Comunicação da Novartis fez uma pesquisa, que apontou para os principais desafios que os colaboradores estavam vivendo. “Percebemos que a pessoa quando entra recebe muitas informações de todas as áreas. Outro ponto de dor foi a quantidade de treinamentos que tinha que ser feito muito rapidamente. Então identificamos todos os e-mails que a pessoa recebia para entender qual a informação a pessoa precisava de fato obter. Tivemos um papel preponderante de escuta nessa jornada do colaborador para trazer mais clareza e coerência nessa interação das áreas”, contou Cláudia.

“Nós também fomos escutar as pessoas, a gente foi se descobrindo, fomos construindo, trabalhando em conjunto com outras áreas. Depois de um ano e pouco ouvindo as pessoas, começamos a fazer perguntas semanais via posts para tentar medir estresse, embaixadores, entre outros temas para tomarmos uma série de decisões muito balizadas nessa escuta. Hoje temos tudo mapeado, conseguimos entender quais os problemas que temos para partirmos para a soução”, revelou Gustavo, do iFood.

Natália, da Philip Morris, contou que, com a mudança de cultura que a companhia está fazendo, mais ágil, menos burocrática, mais horizontalizada, com menos foco em processos e mais foco em pessoas, fez com que a área de comunicação interna deixasse de estar dentro da estrutura de assuntos corporativos e fosse para a área de pessoas e cultura. “Nesse olhar, esse elemento da escuta e da criação de diálogos é extremamente importante para saber quais são as necessidades do colaborador. Estabelecemos pesquisas constantes para o colaborador frequentemente, e fomos evoluindo com dados quantitativos e qualitativos para trabalharmos nos nossos planos de ação”, disse.

 

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