22 de novembro de 2021

Capítulo Aberje ABCD debate o tema ESG nas organizações

Encontro reúne profissionais de comunicação para debater sobre a importância cada vez mais crescente do ESG nas organizações

Encontro reúne profissionais de comunicação para debater sobre a importância cada vez mais crescente do ESG nas organizações

Com o tema “Como comunicar ESG com efetividade”, o 11° encontro do Capítulo Aberje ABCD reuniu, no dia 18 de novembro, profissionais de comunicação para debater sobre a importância cada vez mais crescente do ESG nas organizações. Participaram do evento a head de Comunicação Corporativa e Relações Governamentais da Mercedes-Benz Cars&Vans, Alessandra Souza, também Diretora do Capítulo Aberje Grande ABCD; a diretora Executiva da Alter e Editora da News Estrategia ESG, Kelly Lima; o gerente de Comunicação Corporativa da Volkswagen, Fernando Campoi; e a diretora de Comunicação da BRK, Juliana Calsa.

Ao iniciar a sua fala, Kelly Lima, da News Estrategia, lembra que a sigla ESG surgiu em 2004, foi caminhando em paralelo com a Rio+20, ao acordo de Paris, ao lançamento dos ODS até chegar em 2019 com as famosas cartas de Larry Fink ao mercado. “Com a pandemia pudemos ver o volume de menções ao ESG e o interesse das empresas nesse segmento. Para se ter uma ideia, em fevereiro de 2020, o número mensal de menções sobre o ESG na mídia era 915; já em fevereiro de 2021, esse número saltou para 4.600 e agora, paralelo à COP26 tivemos mais de 10 mil menções. No total esse ano são 46 mil menções. É um salto quantitativo absurdo”, revelou.

Kelly Lima

Kelly explica que isso se deve ao fato de um mercado global que movimentou, em 2019, um montante de US$ 30 trilhões. “Com certeza, percebemos que isso é um bom negócio, causa e propósito virou um bom negócio e a Comunicação tem tudo a ver com isso. ESG nada mais é do que tornar evidentes as suas ações. Para isso temos que ter conteúdo, materialidade. A Comunicação tem que acompanhar todas as etapas que existem na composição da prática ESG dentro de uma empresa”, salientou. “A construção dessa narrativa requer engajamento dos funcionários, dos fornecedores, da cadeia de valor e da comunidade no entorno e do C-level, que tem que estar muito bem engajado e com o discurso muito alinhado com o que a empresa está fazendo”, completou.

Para que tudo fique muito bem alinhado na Volkswagen do Brasil, Fernando Campoi contou que a empresa resolveu concentrar a parte de ESG dentro da diretoria de Comunicação. “A parte de estratégia corporativa referente a Sustentabilidade, o ESG, veio para a nossa área. Nós utilizamos bastante o LinkedIn como forma de se comunicar, temos um CEO extremamente envolvido com esse tema, e ainda jornal interno, comunicados internos etc. A gente fez disso uma forma de comunicação para que o mercado soubesse que estávamos unindo esforços no sentido do ESG”, disse.

Fernando Campoi

Na ocasião, Campoi elencou alguns pontos para comunicar o ESG com efetividade: não ter medo de parecer oportunista; ter acesso constante e fácil às fontes de informações e dados; o comunicador deve conhecer e entender o tema; estabelecer uma estratégia realista de médio e longo prazos e; envolvimento legítimo da liderança da empresa. “Sustentabilidade tem a ver com valores, visão de mundo e oferecer um futuro melhor a todos. Eu acredito nisso e por isso acho que posso comunicar melhor, o comunicador deve estar engajado para melhor comunicar”, ressaltou. 

Juliana Calsa, da BRK – uma das principais empresas privadas de saneamento do Brasil –, trouxe a visão da companhia sobre o assunto, realçando a comunicação e a equidade de gênero. Ao contextualizar o segmento no Brasil, a executiva compartilha alguns números sobre saneamento básico no país: mesmo o Brasil tendo o maior potencial hídrico do planeta, cerca de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água potável e 100 milhões de pessoas (metade dos brasileiros) não têm acesso à coleta de esgoto. “É impossível olhar para esses contrastes e atuar nesse cenário sem pensar na conexão com o ESG. E nesse contexto, sabemos que as mulheres são as principais vítimas da falta de saneamento básico no Brasil”, acentuou.

Juliana Calsa

“Fomos procurar entender tudo isso quando a gente começou a olhar para a equidade de gênero dentro da BRK. Quando a gente leva água para as mulheres, estamos provendo uma série de outras coisas, uma transformação social, o fim de um ciclo de pobreza, de falta de instrução etc”, contou Juliana. “Olhando para esse cenário, decidimos fazer, em 2018, uma pesquisa para entender os impactos da falta de saneamento na vida da mulher brasileira e como isso poderia nos direcionar em uma estratégia empresarial e de comunicação. Pensando em nossa estratégia e em como a empresa poderia contribuir, lançamos essa pesquisa como uma ação para chamar atenção sobre saneamento básico, para um problema que está do nosso lado”, complementou.

 

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