03 de dezembro de 2020

Brasil promove encontro sobre Relações Públicas do Conselho Regional para América Latina da Global Alliance

Com participação de Justin Green, presidente da Global Alliance, grupo debateu diversidade cultural e representatividade das nações como ativos da instituição
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Com participação de Justin Green, presidente da Global Alliance, grupo debateu diversidade cultural e representatividade das nações como ativos da instituição

O Conselho Regional da Global Alliance for PR and Communication Management para a América Latina promoveu, no dia 27 de novembro, uma reunião que contou com a presença de Justin Green, presidente da Global Alliance, membros do Conselho Regional e membros da América Latina. A reunião foi mediada por Hamilton dos Santos, membro do board da GA, responsável pelo Conselho Regional e diretor-geral da Aberje, e possibilitou a discussão sobre a atuação regional da instituição, que está presente em 126 países espalhados pelos cinco continentes.

Estiveram presentes na reunião: Gladys Diaz, Karen Garnik e Jescel Rolón,  representantes da Associação dos Profissionais de RP de Porto Rico; Francisco Aylwin Oyarzún, do Fórum de Comunicação Corporativa do Chile; Pedro Cadina, membro do Conselho Regional para o Brasil; Ana Maria Soares, pela Universidade de Medellín; José Pizarro, representante do Conselho dos Profissionais de RP da Argentina; Silvina Seiguer, diretora de comunicação corporativa do McDonald’s para América Latina Divisão Sul e Tato Carbonaro, ambos membros do Conselho Regional para América Latina, além de outros convidados.

A busca por representatividade

A Global Alliance é a confederação das principais associações e instituições de comunicação e RP do mundo, representando 280 mil profissionais e acadêmicos nos cinco continentes. A organização sem fins lucrativos com sede na Suíça tem como missão unificar a profissão de relações públicas, elevar os padrões profissionais em todo o mundo, compartilhar conhecimento para o benefício de seus membros e ser a voz global para RP no interesse público.

Ao abrir a reunião, Justin Green ressaltou a importância de que todas as nações que compõem a Global Alliance sejam genuinamente representadas. “A GA é uma instituição que representa profissionais ao redor do mundo, porém quando entrei, no ano 2000, percebi que faltava diversidade cultural e a representatividade de outras nações. Uma das minhas primeiras tarefas foi reestruturar e reorganizar a GA. Conseguimos colocar em prática em sistema muito mais acolhedor e inclusivo”, ressaltou.

Justin Green, presidente da Global Alliance

O executivo comentou que, após terem conduzido diversas mudanças para garantir maior representatividade cultural, a instituição passou a ter cerca de 50 embaixadores que representam a Global Alliance ao redor do mundo. “Somos uma versão das Nações Unidas, com diferentes nacionalidades, culturas e raças juntas por um propósito”.

Além disso, a criação dos Conselhos Regionais, um para cada continente, contribuiu para o aumento do número de embaixadores que representam a Global Alliance ao redor do mundo. “Tudo isso foi fruto da nossa constante busca por inclusão. Precisávamos compreender o que ocorre em outras culturas e economias. Além disso, retiramos uma regra antiga que automaticamente elegia um representante dos EUA e um representante do Reino Unido para o Board (Conselho Geral). Isso acabou. Agora, qualquer membro pode se candidatar sem nenhum critério diferenciador. Consideramos a candidatura justa um direito democrático”, reforçou.

Quanto aos projetos, a direção focou em iniciativas que oferecem resultados mais rápidos. Para isso acontecer, prossegue Green, todos os presidentes dos Conselhos Regionais se disponibilizaram para discussões com os membros locais, visando aproximar a liderança do restante da instituição. “A GA deve servir como uma comunidade que oferece apoio e ajuda aos que precisam. Este ano (2020), ainda mais com a pandemia, nos mostrou que cada centavo investido em um projeto é importante, e por isso temos que nos preocupar ainda mais em proporcionar um retorno ao investimento dos membros”. 

Em sua visão, muitas instituições estão percebendo a relevância de se aproximar de questões globais através de associações internacionais. A instituição ainda oferece dados importantes para os profissionais ao redor do mundo com o Global Capability Framework. “Além de garantir a continuidade de projetos como este, queremos impulsionar a criação de novas iniciativas”, complementou.

Boas práticas na visão regional e global

Durante a reunião, o diretor-geral da Aberje e membro do board da GA, Hamilton dos Santos, levantou algumas questões. Uma delas refere-se à forma sobre como as empresas devem equilibrar seu alcance regional e global no momento pós-pandemia. O presidente da Global Alliance Justin Green acredita que as multinacionais sempre vão focar no seu alcance global. 

Em sua visão, a Comunicação Empresarial e as Relações Públicas vem ganhando cada vez mais relevância dentro das grandes organizações. “Multinacionais de outras áreas, como contabilidade, governança ou consultorias empresariais, por exemplo, podem servir como possíveis ameaças ao serviço de Relações Públicas tradicional. Quando se trata de PR, percebemos que as empresas preferem contratar agências locais e creio que esta tendência continuará. O foco local é extremamente importante para a compreensão do ambiente de atuação, porém uma empresa deve se importar com seu alcance global e procurar a conexão com diferentes culturas”, disse.

Outra questão destacada por Santos foi em relação às boas práticas no setor de Comunicação. “Existe algo que podemos fazer no nosso Conselho Regional que outros Conselhos já estão fazendo?”, questionou. “Os presidentes dos Conselhos Regionais precisam entregar um relatório para cada reunião do Board (Conselho Geral) e esse relatório nos proporciona informações relevantes sobre as atividades que estão sendo conduzidas nos diferentes países que participam da AG. Além disso, os presidentes estão livres para utilizarem os relatórios de outras regiões para consulta ou para guiar o desenvolvimento de projetos”, respondeu Green.

 

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