30 de agosto de 2021

A Comunicação e o Capital Ético nas pautas ambientais

A Comunicação e o Capital Ético nas pautas ambientais foi tema do primeiro de três encontros online promovidos pela Aberje em parceria com o Mc Donald's
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A Comunicação e o Capital Ético nas pautas ambientais foi tema do primeiro de três encontros online promovidos pela Aberje em parceria com o Mc Donald’s

Não há mais espaço para a antiga ideia de que as responsabilidades social e ambiental de uma empresa se resumiam ao lucro que elas geravam. Cada vez mais engajada, a sociedade cobra uma postura genuína das empresas também em relação a temas de sustentabilidade em todos os seus pilares. A comunicação corporativa tem papel preponderante na mensagem que as organizações querem transmitir. 

A série de três encontros promovida pela Aberje em parceria com a Arcos Dorados (McDonald’s) vai trazer à mesa a discussão sobre como comunicar ESG para públicos estratégicos e como promover a aproximação da estratégia do negócio, pilares de atuação e conscientização interna por meio da comunicação e da educação. O primeiro encontro, realizado no dia 25 de agosto, teve como foco as pautas ambientais. Participaram a diretora de Marca, Comunicação e Sustentabilidade da CTG Brasil, Salete da Hora; a head Global de Marketing e Comunicação da CBMM, Giuliano Michel Fernandes; head de Comunicação e Marca da Suzano, Marcela Porto; e o VP de Comunicação Corporativa da Arcos Dorados, David Grinberg. Para mediar o evento, Juliana Agostino, do setor de regulação da Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Na oportunidade, o diretor-geral da Aberje, Hamilton dos Santos, fez questão de frisar que Comunicação e o Capital Ético é o tema do ano de 2021 da associação. “Escolhemos esse tema porque nos últimos tempos, o capital nunca questionou tanto suas escolhas como agora, e esse questionamento aparece estruturado nessa sigla que tanto ouvimos falar, o ESG. Quando falamos de capital podemos pensar no capital social, intelectual, institucional. Queremos pensar nessa reflexão e qual valor damos às nossas ações? Este é um tema muito pertinentes para que os comunicadores possam refletir”.

Hamilton dos Santos

Antes do debate, David Grinberg fez uma breve apresentação da estratégia ESG da Arcos Dorados e o papel da Comunicação nesse contexto. “Sempre buscamos ter uma narrativa 360 graus; hoje não há espaço para que não seja assim, a comunicação interna anda de mãos dadas com a comunicação externa. É importante desenhar uma narrativa que ajuda o público a compreender nossa posição. Somos uma empresa socialmente e ambientalmente responsável”, comentou. “Para a imprensa, priorizamos histórias que levem nossas mensagens de ESG e propaguem o que fazemos por nossas pessoas e pelo planeta, além de mostrarem a evolução do negócio”, completou.

David Grinberg

Para Marcela Porto, da Suzano, o principal desafio da comunicação de hoje é bem diferente da do passado. “As empresas mantinham o monólogo e a comunicação atual e do futuro está baseada no diálogo, que é onde a gente consegue abrir espaço. Nós todos tendemos muito ainda a ter uma visão autocentrada, mas nem sempre isso está aberto ao público ao qual nos comunicamos”, analisou. 

“As novas gerações não trabalham mais pelo cheque no final do mês, elas têm essa necessidade de encontrar e alimentar o seu propósito de vida no seu trabalho. A sustentabilidade é a estratégia do nosso negócio, é um projeto contínuo”, completou a executiva.

Marcela Porto

Na CTG, não é muito diferente. Quem conta é Salete da Hora: “Ter um consumidor mais exigente nos leva a avançar. Somos desafiados pelo consumidor que está preocupado com as questões socioambientais, eles acabam ajudando a empresa a inovar. O papel da comunicação acaba sendo o de promover o diálogo e estar atento a essas conversas, é trazer as mudanças para dentro da empresa a partir dessa escuta”.

A área de Comunicação e sustentabilidade na empresa é uma só. “Temos uma particularidade quanto ao nosso relatório e sustentabilidade, que é feito juntamente com a área de investidores da empresa. Na parte de sustentabilidade  ainda estamos num processo de aprimoramento, por sermos muito jovens aqui no Brasil, apenas há sete anos. A principal realização é aprender com o processo para melhorar o próximo ciclo”, comentou Salete. 

Salete da Hora

Giuliano Fernandes, da CBMM, interpreta a questão de uma forma diferente. “Esse tema ESG não é um conceito novo, muito pelo contrário. As empresas mais longevas que existem no mundo, algumas com mais de 500 anos, já tinham essa interpretação de que a empresa está integrada com a sociedade e todo o ecossistema; que a devolução do resultado para os outros atores é muito importante. Em relação à comunicação, é importante termos coerência, pois nos preocupamos muito com as questões de aparência e  não com a verdadeira essência da organização”.

“Nossa missão há mais de 60 anos, é ajudar a produzir materiais mais inteligentes. Hoje conseguimos produzir aço, por exemplo, muito mais resistente do ponto de vista de redução e emissão no seu processo. O segmento do plástico também é questionado, assim como outros materiais. O processo da comunicação está aí para esclarecer o papel dessas cadeias na vida de todos”, complementou Fernandes.

Giuliano Fernandes

Assista na íntegra:

 

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