28 de março de 2020

Conheça alguns highlights do Tech Trends Report 2020

Todos os anos, a futurista Amy Webb apresenta o seu “Emerging Tech Trends Report”, com muitas referências inspiradoras sobre o que está moldando o futuro.

A apresentação aconteceria durante o SXSW, em uma das palestras mais concorridas do festival. Mas, com o cancelamento desta edição, o conteúdo foi divulgado recentemente nos canais do The Future Today Institute – e em breve relatório completo segue para os associados da Aberje.

São traçadas nada menos que 406 tendências estratégicas de tecnologia. São 31 seções de tendências, cobrindo várias novas áreas, como mídia sintética, vícios, pontuação algorítmica, cadeia de suprimentos e logística, biologia sintética, computação quântica, grandes tecnologias em saúde e medicina, além de todas as áreas de tendência usuais, como IA, blockchain, automação residencial, AgTech e o fornecimento global de alimentos, geopolítica, mudanças climáticas, robótica, espaço, criptomoedas, veículos autônomos, AR / VR / MR e muito mais. A autora ainda projeta 27 cenários futuros em uma ampla variedade de tópicos.

Veja alguns insights da edição, na opinião de Gustavo Giglio, Sócio do UoD:

— Entramos na “Década Sintética”: De gêmeos digitais ao DNA modificado e salsichas de porco à base de plantas, já está em andamento um grande esforço para desenvolver mais e mais versões sintéticas da vida. Essa aceleração influenciará expressivamente o desenvolvimento de vacinas e tratamentos médicos. Todas as indústrias serão impactadas pelos riscos e oportunidades trazidos por esse fenômeno. Questões éticas e riscos para a segurança serão desafiadoras para as organizações em busca de aceitação do público, aprovação do governo e apelo comercial.

— Já somos pontuados por qualquer coisa: Todas as pessoas, apenas por estarem vivas, já lançam dados e recebem pontuações que alimentam sistemas automatizados. Tudo está sendo avaliado, pontuado e usado pelos sistemas automatizados para balizar determinadas decisões. Isso inclui escolhas simples, como o produto ou o preço a ser exibido para determinado consumidor. Mas também influencia determinações muito mais complexas e controversas, incluindo avaliações sobre o risco de segurança que cada pessoa representa em determinada situação. Desde postagens nas redes sociais, até a biologia única (postura, estruturas ósseas e capilares, tom vocal e cadência), a dívida do cartão de crédito e os hábitos de viagem, milhares de dados são analisados para nos pontuar. E sim, isso é bem Black Mirror.

— Agricultura na mira das techs: As techs estão se dedicando à agricultura, e esse movimento ganha força neste ano. A Microsoft lançou um programa para modernizar a agricultura por meio de análise de dados. A Amazon vem investindo em fazendas verticais. E o Walmart, considerado varejista e tech pelo FTI, está criando unidades próprias de meatpacking e processamento de laticínios.

— O esquecimento não é uma opção: Fotos, vídeos e mensagens de texto nas mídias sociais ou qualquer outra informação no seu perfil digital perdurará no futuro. Não é possível excluir ou apagar definitivamente o passado de ninguém na internet. Nem com pedido judicial. Peça central das leis europeias de proteção de dados, o “direito de ser esquecido” surgiu para forçar os mecanismos de pesquisa a excluir links com informações pessoais, caso não seja de interesse público. Mas, em 2019, o Tribunal de Justiça Europeu decidiu a favor do Google, tornando muito mais difícil a qualquer pessoa solicitar a remoção de informações na internet.

— Automação perto de se tornar mainstream: Assistentes digitais, sistemas de segurança doméstica e microondas controlados por voz, munidos de inteligência artificial, já são fabricados em escala, com preços acessíveis às massas.

 

“Os robôs costumavam ser objetos de ficção científica, mas este ano os principais fabricantes de aparelhos, de componentes e, claro, as grandes empresas de tecnologia apresentaram motivos convincentes para que nossas casas e escritórios sejam equipados com sensores, câmeras e microfones”

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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