24 de maio de 2016

Como caçar tendências?

Nada é mais moldado pelo presente do que as profecias sobre o futuro. Esse é o ponto de partida do economista sueco Magnus Lindkvist, considerado hoje um futurologista a partir de suas palestras e livros. Ele comenta que a maioria das profecias apresenta o futuro apenas como uma extensão do aqui e agora. O que descobrimos são as tendências já confirmadas para o próximo verão. Mas como então melhorar a antecipação de comportamentos?

O foco é fundamental nas atividades empresariais. Com o foco, porém, advêm a miopia de não estar mais atento a sinais, por vezes presentes mas incipientes. A maioria das pessoas está tão ocupada com suas atividades de negócios que elas não têm tempo para pensar além do próximo trimestre fiscal. Em tempos de crise, tudo piora. Somos cronicamente voltados para o curto prazo. Quando a necessidade de renovação finalmente chega, pode ser tarde demais.

Difícil falar em tempo diante da instantaneidade da internet, onde o ontem já é um longínquo passado. Mas uma obra pode ajudar você a melhorar sua visão sobre as coisas. Falo de “O Guia do Caçador de Tendências: como identificar as forças invisíveis que moldam os negócios, a sociedade e a vida”, lançado por Magnus Lindkvist na editora Gente em 2010. Pra mim, o que é clássico não envelhece, e uma confirmação vai estar na dificuldade que você terá em conseguir o livro: está solenemente esgotado.

 

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Também autor de “Tudo o que sabemos está errado”, “O ataque do inesperado” e “Quando o futuro começa”, Lindkvist desafia toda a nossa forma de pensar e olhar para o futuro. Seu guia ajuda a identificar tendências – as micro-tendências que ditam a moda e as expressões do cotidiano; as macro-tendências de uma década ou duas na economia, na política e na tecnologia; as mega-tendências com mudanças sociais mais profundas; ou inclusive as giga-tendências que afetam regiões ou países. Anote esse nome: ouvir Magnus Lindkvist é como rejuvenescer o seu cérebro. E pra já colocar você em contato com ele, basta ir no site http://www.magnuslindkvist.com.

O tema está em alta no universo corporativo, pensando num ponto-de-vista mais pragmático e utilitário, a partir deste cenário de competitividade, menor poder aquisitivo e importância da inovação. A ideia de caçar tendências é alvo não só de empresas como Google, Apple ou Ericsson, mas também de Nivea, Grendene, Adidas e HSBC. E já movimenta a área de fornecedores, com agências como Box 1824 e Mandalah.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Rodrigo Cogo

Rodrigo Cogo é o curador do Sinapse Conteúdos de Comunicação em Rede e responsável pela distribuição digital dos canais integrantes da plataforma. Formado em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria, é especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação, com estudos voltados para a Memória Empresarial e Storytelling, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (SP). Atuou na Aberje por 14 anos, passando pelas áreas de Conteúdo, Marketing e Desenvolvimento Associativo e tendo sido professor em cursos livres e in company e no MBA da entidade por 10 anos. É autor do livro "Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação".

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