Twitter no engajamento dos empregados.
As fronteiras entre o espaço interno e externo das organizações estão cada vez mais difusas. Dentro e fora são divisórias cada vez mais flexíveis e dinâmicas. As paredes e os muros já não protegem mais as empresas como antigamente. O mundo digital avançou e provocou uma nova e complexa organização dos espaços e do tempo. O privado e o público se misturaram e por isso a comunicação interna e a externa também perderam suas antigas fronteiras. Os empregados, esses clientes internos valiosos e verdadeiros embaixadores da marca para a qual trabalham, ganharam mais influência diante da transparência que a inovação tecnológica promoveu. Muitas lideranças sentem saudades dos bons tempos do nada a declarar, mas o fato é que um empregado com um smartphone tem o mundo conectado em suas mãos. Vivemos a era da transparência.
Neste cenário de comunicação cada vez mais ágil e imediata, o Twitter tem crescido no mundo e no Brasil. De acordo com uma entrevista de Fiamma Zarife, diretora geral do Twitter no Brasil, a plataforma alcançou a marca de 319 milhões de usuários ativos por mês. Independentemente do quantitativo, para nossa conversa aqui no blog, o que interessa é saber se ele pode ser usado de forma eficiente para uma comunicação entre a empresa e os seus empregados.
Vale a pena tuitar para os seus empregados?
Numa rápida busca na própria plataforma, descobrimos marcas que já utilizam o Twitter nas suas interações com empregados, seja promovendo notícias e informações para serem livremente compartilhadas ou incentivando seus times a se engajarem em causas ou ações. O @UPsers da UPS, por exemplo, celebra e homenageia suas pessoas e suas conquistas através da sua página e o @Starbucksprtnrs integra parceiros, franqueados e empregados promovendo a marca e os valores da empresa. A @BRF também faz ações permanentes nessa mesma linha como na campanha do Dia Internacional da Mulher, entre outras ações. É óbvio que cada canal deve ter um objetivo e todas as empresas devem esclarecer as regras do jogo on line antes de entrar em campo, alinhando as expectativas e evitando ruídos. Empresas de capital aberto, principalmente, devem ter políticas claras e treinamentos permanentes para deixar o time de colaboradores sempre atento para aquilo que pode ser um golaço nas redes ou uma tremenda bola fora. Pensar a estratégia e o objetivo de cada plataforma de relacionamento, seja ela o Twitter ou não, é o passo inicial. Integrar as ações, também.
É claro que muita gente vai citar outras plataformas que podem ser igualmente recomendadas para a interatividade entre empregados e lideranças, talvez com menos riscos no “mundo exterior”, como Yammer, Workplace, Slack e o Fluig da brasileira Totvs. São diferentes possibilidades e opções e cada uma delas tem suas próprias características que devem ser analisadas em conjunto com o grau de maturidade da empresa, sua cultura e seus objetivos. Uma estratégia que integre o externo e interno ainda causa receio em muitos gestores, mas eu acredito que é um caminho que deva ser analisado e o Twitter é uma ferramenta poderosa.
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