12 de setembro de 2019

Projeto apoiado pela Fundação Cargill propõe protagonismo de estudantes em educação alimentar

Com o apoio da Fundação Cargill, o Instituto Asas está promovendo o projeto Olha A Gente Aqui – O jovem, seu olhar e sua voz no universo escolar. A iniciativa tem o objetivo de conscientizar jovens estudantes sobre a importância de uma alimentação equilibrada em paralelo ao combate ao desperdício de alimentos, por meio da geração de conteúdos produzidos através do olhar dos próprios jovens.  A Cargill é associada da Aberje.

O projeto visa atender seis escolas públicas do município de Campinas, beneficiando ao todo cerca de 1.000 pessoas, sendo 400 estudantes de Ensino Fundamental II e Ensino Médio – por meio de oficinas multimídia – e mais 600 pessoas do entorno da escola e estudantes – por meio de sessões de cine-debates.

O trabalho tem como base três eixos de comunicação: saúde, direitos humanos e sustentabilidade ambiental, temas considerados fundamentais para o desenvolvimento dos jovens como seres ativos e críticos dentro de sua comunidade.

Essa é a segunda edição do Olha A Gente Aqui. Em sua primeira edição, realizada em 2013, o projeto foi idealizado para envolver jovens estudantes do ensino médio de 11 escolas públicas da cidade de São Paulo e o trabalho realizado contemplava a produção de vídeos, ensaios fotográficos e reportagens que abordavam bullying, preconceito e discriminação na escola e cyber-violências. Todos os conteúdos produzidos durante o projeto trouxeram olhares diferenciados dos estudantes.

Lucia Caetano, coordenadora geral do projeto, explica que a segunda edição do Olha A Gente Aqui quer sensibilizar estudantes a respeito do tema alimentação saudável, e para isso utilizará a comunicação digital, tecnologia da informação e fotografias. O projeto será dividido em duas etapas: Oficinas Multimídia e Sessões de Cine-Debate. “Durante os processos, os jovens apropriam-se das ferramentas midiáticas, desenvolvendo seu espírito crítico em relação às mídias e às informações, ao mesmo tempo que aprendem a gerir seus próprios processos comunicacionais e produtivos, de forma colaborativa. Eles usam e abusam da criatividade, pensando na forma de ajudar a mudar esse jogo vicioso que está transformando hábitos saudáveis e prazerosos, como se alimentar e cozinhar, em sinônimos de desperdício, fome, poluição, degradação ambiental, trabalho escravo, maus tratos animais, etc…”, explica Lucia Caetano.

Nas oficinas de multimídia os alunos produzem vídeos, ensaios fotográficos, e outros conteúdos para as redes sociais. Além disso, os jovens participam de reuniões de pauta, produção de roteiros, entrevistas, captação de sons/imagens e outras experimentações que tornam os assuntos tratados mais próximos do seu dia a dia. “Nossas dinâmicas e reuniões de pauta são momentos bastante frutíferos, em que ouvimos os jovens sobre seus hábitos alimentares, conversamos sobre o assunto, e traçamos estratégias conjuntas de como abordaremos cada um dos assuntos a serem tratados. Tudo com muita pesquisa, análise de diferentes pontos de vista e a partir de fontes de informação confiáveis”, complementa Lucia Caetano.

Na segunda etapa, são realizadas sessões de cine-debate. Esse é o momento no qual os alunos podem divulgar para amigos, professores e pessoas da comunidade os materiais produzidos nas oficinas. “Queremos desenvolver nos alunos o espírito crítico em relação à divulgação nos veículos de comunicação de conteúdos sobre alimentação, ampliando sua capacidade de uso e de análise crítica das mídias e da informação. O Olha A Gente Aqui propõe unir a questão alimentar entendida de forma complexa e sistêmica, o universo escolar, as relações nele envolvidas e a educação midiática e informacional. Nesse último fator vamos desenvolver habilidades produtivas e críticas em relação às mídias e às informações”, ressalta a coordenadora do projeto. 

Para a coordenadora, o principal desafio é discutir nas escolas a necessidade de professores e jovens pensarem o novo ecossistema comunicacional que os rodeia, e como melhorar a prática educativa a partir dos meios de comunicação.

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