01 de julho de 2015

Prisões de empreiteiros trazem complexo exercício de aprendizado na comunicação, diz Nassar

“Há 30 anos, a Rhodia publicou um plano pioneiro de comunicação anunciando que o comunicador não era um mero distribuir de releases, mas um protagonista estratégico nas organizações empresariais. Hoje, à palavra estratégico deve-se acrescentar, também, que o comunicador é aquele que lê os horizontes políticos e, como os antigos conselheiros, orienta as organizações privadas e públicas quanto à mudança dos tempos e das vontades”.

Assim começa o artigo “Lições das prisões de empreiteiros”, publicado na edição de 30 de junho de 2015 no jornal Correio Braziliense e escrito pelo diretor-presidente da Aberje e professor livre-docente da ECA/USP, Paulo Nassar. Ele pontua que o episódio das recentes prisões dos presidentes das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez, além de presidentes e executivos das principais empreiteiras do País, evidenciam tal realidade. “Não se trata de julgar antecipadamente os presos na Operação Lava-Jato, mas do complexo exercício de aprendizado das novas questões que surgem no cotidiano da comunicação brasileira”, adianta.

 

 

Para Nassar, a leitura da realidade sugere que o confronto – um caminho escolhido por alguns dos acusados – não constrói a moderna narrativa da comunicação. Caminham em terreno minado aqueles que acreditam ser possível reagir à tempestade legal da natureza a que se assiste nos dias atuais com frases institucionais do gênero “estamos colaborando com as autoridades”, “colocamos-nos à disposição das investigações”, traçando estratégias que não preveem cenários à frente ou fechando-se em silêncio. “Esse tempo passou. As leis anticorrupção se tornaram, a cada dia, mais severas e, o que é igualmente revelador, a opinião pública vem se manifestando com crescente veemência contra a impunidade”, destaca. E complementa: “a democratização, que avança em passos acelerados, está a exigir mudanças de largo alcance na comunicação. As organizações precisam ouvir seus comunicadores e deles extrair a vasta experiência acumulada ao longo de cerca de meio século”.

Para ver o conteúdo na íntegra, é possível acessar o site do Correio Braziliense, ou ainda a seção de artigos do portal da Aberje.

 

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