09 de janeiro de 2017

Morre sociólogo Zygmunt Bauman, criador do conceito de modernidade líquida

O sociólogo Zygmunt Bauman morreu nesta segunda-feira (9) em Londres, aos 91 anos, de acordo com o jornal “Gazeta Wybocza”. Autor de mais de 70 livros, o polonês conquistou notoriedade global ao cunhar o termo modernidade líquida para designar o período contemporâneo, marcado pela fluidez e efemeridade das relações. Seus títulos tratam da fluidez, do amor, do medo, da vigilância, do tempo, da educação e muitos outros temas, refletindo uma sociedade que se transmuta em uma velocidade muito superior à qual se questiona.

Professor emérito das universidades de Leeds (Inglaterra) e Varsóvia (Polônia), o sociólogo enfrentou a censura em seu país na década de 1960, quando teve proibidas suas obras e foi afastado da universidade, emigrando para países como Canadá, Estados Unidos e Austrália, antes de estabelecer-se na Grã-Bretanha.

O sociólogo também foi consagrado com os prêmios Amalfi (1989, por sua obra Modernidade e Holocausto) e Adorno (1998, pelo conjunto de sua obra).

Com uma mente ágil para analisar a sociedade contemporânea e criticá-la de forma contundente, Bauman alçou um status de fama raro em autores da densidade do filósofo.

Em 2014, uma semana após completar 89 anos, Bauman abriu as portas da sua casa em Leeds para a Aberje, em uma entrevista exclusiva para a Revista Comunicação Empresarial ed. 94. Na ocasião, discutia a democracia brasileira, a classe média, o consumo e a cultura agorista. A íntegra pode ser acessada no link.

rip-bauman

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