07 de outubro de 2019

Iniciativa apoiada pela Fundação Cargill estimula a boa educação alimentar em escolas do interior de São Paulo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza a alimentação saudável aliada a prática de atividade física como estratégias efetivas para reduzir doenças e mortes no mundo, em conformidade com a ODS 3. Como a formação de hábitos se dá desde cedo, as boas práticas alimentares e de atividade física devem ser vivenciadas também na escola, espaço privilegiado de construção de conhecimento, aquisição de valores e formação de atitudes.

No Brasil, a Lei Federal 11.947, presente no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), determina as diretrizes da alimentação escolar que devem garantir, entre outros pontos, a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva, a escola se apresenta como uma instituição relevante por seu poder de atuar com profissionais da educação e alimentação em conjunto com as crianças.

Indo ao encontro dessas demandas sociais, o Instituto Avisa Lá desenvolveu o projeto Comer e Brincar na Escola Serve Pra Quê? que tem como foco o público de crianças entre 4 e 5 anos da rede pública de educação infantil. Dando continuidade a excelente parceria iniciada em 2018, a Fundação Cargill e o Instituto Avisa Lá pretende beneficiar 6.710 estudantes, além do impacto indireto dentro das famílias e comunidade. A Cargill é associada da Aberje.

O projeto oferece formação para profissionais da educação infantil das redes públicas de ensino, na intersecção das áreas de alimentação e movimento, nas cidades de Itapira, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, São Roque, Pedreira e Amparo, todas no Estado de São Paulo. O objetivo é ampliar a capacitação dos profissionais das áreas de educação alimentar e de atividades físicas, na perspectiva da promoção da saúde, como atividade educativa incorporada ao projeto pedagógico das unidades de Ensino Infantil.

Além dos profissionais diretamente ligados às atividades desenvolvidas – merendeiras e professores – o projeto cria uma rede composta pelas equipes técnicas das Secretarias de Educação e pelos diferentes profissionais das escolas para a construção de práticas educativas sobre a temática, no cotidiano das escolas. Além de criar também uma rede intermunicipal, que possibilita as trocas entre municípios participantes, bem como a reflexão conjunta e o enriquecimento das práticas.

No início deste ano foi realizado um seminário em São Paulo que contou com a presença de representantes de todos os municípios envolvidos. Nele foi possível fazer o mapeamento inicial das principais necessidades de cada cidade. A partir daí, as equipes de cada município elaborou um plano de ação a ser implementado ao longo do projeto.

Ao longo dos 6 primeiros meses de 2019 também foram realizadas reuniões virtuais mensais com profissionais do Avisa Lá, representantes de cada secretaria municipal de educação e nutricionistas. A partir dessa troca, criou-se uma cadeia de informações na qual as representantes realizavam encontros com os coordenadores pedagógicos que, por sua vez, orientavam os professores e profissionais responsáveis pela merenda. O objetivo dessa rede de informações é formular ações educativas voltadas para a educação alimentar que possibilitem o diálogo entre teoria e prática. Segundo Cisele Ortiz, Coordenadora Adjunta do Avisa Lá, “o projeto está em fase de implementação (…). O planejamento e execução dos planos de ação estão se efetivando nas escolas de acordo com os diagnósticos realizados no primeiro semestre em cada município”.

O conhecimento produzido nesses encontros possibilitou o desenvolvimento de atividades práticas, como a experiência do aluno com o alimento através da apresentação de uma variedade de frutas, legumes e vegetais, onde podiam pegá-los, sentir os cheiros, texturas e sabores. Também foi estimulada a participação da criança na elaboração das refeições através do contato direto com o alimento durante todo o trajeto dentro da cozinha, propiciando a autonomia no processo formação de seus hábitos alimentares.

Além do trabalho de formação dos profissionais e atividades educativas com as crianças, também foram feitas adaptações nos locais onde as crianças fazem as refeições nas escolas, criando um ambiente mais autoral, com produções infantis e mais adequados a boa alimentação. Também foi introduzido o sistema self-service nos refeitórios que ainda não adotavam esse sistema. “self-service, além de reduzir o desperdício de alimentos, ainda possibilita a escolha, por parte das crianças, dos alimentos que irão consumir, e contribui também para o desenvolvimento do paladar e sua auto regulação, entre outros”, ressalta a Coordenadora Adjunta.

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