19 de novembro de 2015

Histórias de programa social da Fiat Chrysler viram livro

O diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Marco Antônio Lage, lança na próxima terça-feira (24) em São Paulo o livro “O mundo pode ser melhor”. Na obra, o executivo faz uma análise da trajetória do Árvore da Vida, programa de responsabilidade social que o grupo desenvolve desde 2004 na comunidade do Jardim Teresópolis, de 30 mil habitantes, em Betim (MG).

A narrativa foi construída a partir de histórias desses moradores, que tiveram suas vidas transformadas pelos projetos de educação, geração de trabalho e renda, incentivo ao empreendedorismo e fortalecimento da comunidade. “Pais que veem o filho se afastar do tráfico de drogas e conquistar o primeiro diploma, o reconhecimento do pequeno comerciante que vê seu negócio prosperar, a emoção de crianças e adolescentes que cantam em show de astro internacional são algumas das inspirações que me guiaram nesse desafio de compartilhar a experiência do Árvore da Vida”, afirma Lage, jornalista com mais de 20 anos de experiência.

O livro, publicado pela editora Autêntica, tem prefácio do sociólogo italiano Domenico De Masi, apresentação do jornalista Chico Pinheiro e depoimento de Gilberto Dimenstein. À venda nas principais livrarias do país, a obra terá parte da renda revertida para o programa.

RESULTADOS

Em uma década, o Árvore da Vida beneficiou mais de 21 mil pessoas do Jardim Teresópolis. Entre os participantes do programa, o índice de permanência na escola é de 98% e o de aprovação, de 95%. A renda média das famílias teve um crescimento real de 106% entre junho de 2004 e novembro de 2013, contra 63% das não-participantes.

Para Lage, o grande resultado de um programa social é trazer as pessoas para participação, em um movimento contrário à dependência e ao velho paternalismo. “Nesses 10 anos de transformações, a comunidade deixou de ser subalterna, deixou de ser dependente das benesses do Estado e das empresas, e passou a construir uma nova realidade”.

Em “O mundo pode ser melhor” estão histórias inspiradoras que comprovam essas transformações, como a de Paulo Eloísio. Ele perdeu o pai antes de completar 1 ano. A despeito das grandes dificuldades financeiras da mãe, a faxineira Elzira, e dos oito irmãos, Paulo foi um bom aluno: terminou o ensino médio sem atraso e começou a trabalhar numa loja de autopeças. Fez o curso de capacitação profissional no Árvore da Vida, foi contratado por concessionárias até começar a trabalhar na Engenharia de Experimentação da Fiat, onde está há seis anos. “Quando visito o Árvore da Vida, falo para os meninos: ‘Eu consegui, hein? Passei por todas as dificuldades que vocês passaram, chorei como vocês choraram, mas não desisti. Então não desistam!’”, conta.

Está lá também a trajetória de Bruno dos Santos que, aos 13 anos, conseguiu uma vaga em oficina de técnicas cinematográficas gratuitas, estudou música e hoje, aos 21 anos, viaja pelo exterior para apresentações de grupo de percussão. Ou ainda do baiano Benedito Rocha Martins, Seu Bené, que relata com orgulho e entusiasmo as conquistas dos netos: “O Marcos Vinícius fez o curso de capoteiro no Árvore da Vida, e hoje está trabalhando numa concessionária de veículos. Já tem o carrinho dele. O Renan e a irmã, Renata, começaram no projeto com 11 anos. Ela fez oficina de dança e hoje se apresenta em grupos de Belo Horizonte, como o Aruanda. O Renan fez um curso profissionalizante no Cesan e foi menor aprendiz na Fiat. Eu continuo firme. Faço parte do Grupo de Referência do Árvore da Vida; fazemos a ponte com a comunidade. E até hoje, quando tem um curso, a gente sai pelo bairro chamando os meninos para fazer inscrição”.

Lançamento “O mundo pode ser melhor”:

24/11 – 19h

Livraria Martins Fontes – Avenida Paulista, 509 – Bela Vista

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