03 de março de 2017

Como a tecnologia e a inovação podem ser um elemento estratégico da ação de comunicação

Entenda como a computação cognitiva e a internet das coisas (IoT) são duas grandes apostas

Internet das Coisas e inteligência cognitiva são duas novas formas de se conduzir negócios e empresas. E é sobre essa computação possível, real e acessível que acredito que vamos ouvir falar muito em 2017. Se a interação, a resposta em tempo real e as soluções customizadas estiveram sempre em pauta e foram as grandes preocupações de 2016, certamente muitos negócios e empresas ainda buscam adequar-se às necessidades de seus consumidores cada vez mais exigentes e com gana de novas experiências.

Nos últimos meses, tive a oportunidade de realizar diversos trabalhos com importantes players do mercado de tecnologia, como a Microsoft e a IBM, atuando justamente com a internet das coisas, com a tecnologia de inteligência aumentada do Watson, o supercomputador da IBM e com tudo o que envolve os termos ‘machine learning’, ’deep learning’ e ‘inteligência artificial’. O grande aprendizado desses trabalhos foi ver de perto como essas novas tecnologias podem ser aplicadas em projetos reais, para qualquer empresa e em diferentes e possíveis soluções. Vacas conectadas, gente falando com robô, terapias cognitivas, manutenção preditiva realmente eficiente e precisa, enfim, certamente você já teve uma experiência como essa e nem se deu conta disso.  E o mais interessante disso tudo é que não se trata de peças conceituais e sim ações práticas de comunicação corporativa.

Agora, já é possível entender que o trabalho isolado de big data, o CRM manual e as ações de e-mail marketing sem segmentação não mais funcionam isoladamente. E quanto tempo demoramos para perceber isso? Uns cinco, sete anos ou talvez menos?

Aí eu me pergunto: as empresas já estão abertas e prontas para a IoT e para a inteligência cognitiva? Os profissionais sabem lidar com os poderosos sistemas de análise de dados e as plataformas existentes no mercado?

Apenas como referência, no ano passado, o governo brasileiro assinou um acordo de cooperação internacional para o desenvolvimento da Internet das Coisas no país. Subsidiado pelo BNDES e gerido pela McKinsey & Company Brasil, o projeto e estudo técnico custará R$ 17,4 milhões e terá duração de cinco anos, de 2017 a 2022, justamente visando incentivar o desenvolvimento da tecnologia, a aplicabilidade e promovendo impactos sociais que melhorem a eficiência no dia a dia das pessoas.

A estimativa do Gartner – um importante centro americano de pesquisa sobre tecnologia – é que os gastos com a Internet das Coisas seja mais de US$ 547 milhões no mundo, até o final do ano que vem e que, até 2020, mais da metade dos novos negócios irão incorporar elementos da internet das coisas.

E por que só se fala nisso? Porque, definitivamente, IoT e inteligência cognitiva são possivelmente as tecnologias que mais se aproximam do que chamamos de inteligência e estão sendo preparadas para dar uma melhor resposta às necessidades humanas, melhorar as experiências do consumidor moderno, otimizar processos e garantir uma vantagem competitiva nos negócios.

Chatbot, assistentes pessoais e inteligência cognitiva são a evolução do CRM e do Big Data ‘manual’. Valer-se desses recursos para entender as preferências dos consumidores é, de fato, uma atitude inteligente. As pessoas e as empresas estão falando com máquinas que raciocinam como humanos (e quando não melhor). Os assistentes pessoais de computador já leem as suas preferências melhor que sua mãe ou namorada.

Tem app para te ajudar a correr, cozinhar, cuidar de plantas, para monitorar a qualidade do seu sono. Mas você já parou para pensar que todos eles vêm para atender necessidades, vontades e desejos? Chatbots, IoT e inteligência cognitiva é o agrupamento de tudo isso. E a sua empresa, atende como as necessidades, desejos e vontades do seu consumidor?

Quantos passos uma vaca dá?

Você sabia que uma fazenda também pode ser uma empresa de análise de dados? Ao mensurar a quantidade de passos de uma vaca, um fazendeiro japonês conseguiu aumentar em 70% a eficiência do cruzamento de seu gado.

A partir da instalação de um pedômetro no animal, foi possível descobrir a data precisa do cio do gado, que dura, em média, entre 12 e 18 horas, sempre no período noturno e a cada 21 dias. No período pré-cio, o animal anda mais que o normal (quantidade de passos, em laranja, na figura), e é possível verificar o melhor horário para a fertilização, além da probabilidade de fecundação de macho e fêmea, de acordo com o horário do cruzamento dos animais.

Sobre vacas e robôs_gráfico

Tudo isso é muito incrível de fato, entretanto é fundamental entender que este novo universo não será nada sem a interface humana. Ter infinitas possibilidades de respostas não é melhor do que a capacidade de fazer as perguntas corretas.

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