07 de janeiro de 2020

PR não é press release

Acredito que os gestores de comunicação enfrentam desafios semelhantes independente da empresa ou setor da economia que atuam. O que mais me impacta é o famoso “Preciso de um PR”. Faz parte do processo da maioria das empresas as áreas internas quererem divulgar seus produtos, atividades e novidades, trazendo para as equipes de Comunicação assuntos e temas que podem ou não virar pautas para a imprensa.

Falando assim, seria o fluxo perfeito: área interna envia informações com antecedência para o departamento de Comunicação que, por sua vez, cria a estratégia de divulgação mais adequada – ou explica que não é uma pauta atrativa para a imprensa.

Mas antes disso vem o desafio. Ainda é comum que as áreas internas enviem os famigerados e-mails pedindo um “PR sobre o assunto X”.

Claro que não ajuda que as siglas se mesclam e possam se confundir PR em inglês designa Public Relations ou Press Relations e pode significar também Press Release. O problema é que, na maioria das vezes, quando uma área menciona que quer um “PR” normalmente signifca que deseja um press release sobre determinado assunto e não uma estratégia de comunicação.

Isso pode ser apenas porque a área não sabe quais estratégias e ferramentas de comunicação existem no mercado hoje e tampouco entendam que cada vez mais o press release está obsoleto. Ou pode significar que a empresa não esteja entendendo a Comunicação como parte estratégica do negócio.

Para lidar com o primeiro cenário é mais simples: normalmente, uma conversa com pessoas envolvidas sobre o que e como pautar o departamento de Comunicação já resolve. Agora, no segundo caso é um pouco mais complicado.

E o que fazer nesse cenário? Muitas vezes é necessário investir tempo da equipe de Comunicação – e principalmente do gestor – em mostrar e explicar a importância da área e claro, definir o que pode ou não ser feito. Além disso, criar processos e explicar a toda a empresa também auxilia o departamento de Comunicação.

Se isso não funcionar, o terceiro caminho é mostrar resultados concretos. O processo nunca é fácil, mas números demonstram mais que palavras muitas vezes. Então, ter uma estratégia de comunicação sólida e executável pode ser a chave para que a área traga bons resultados que podem impactar os negócios. E daí os números falarão por conta própria.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Carolina Prado

Apaixonada por comunicar! Conta com mais de 10 anos de experiência na área de comunicação corporativa – trabalhando com comunicação externa e interna, marketing digital, endomarketing, marketing de influência e gerenciamento de crises. Além disso, possui experiência em vários segmentos da indústria como tecnologia, jogos, turismo, entretenimento, empresas, startups, energia, saúde e consumo. Além de gerenciar a área de Comunicação da Intel no Brasil, também é parte de duas organizações dentro da empresa: WIN (Mulheres na Intel Network) e Intel Involved (equipe de voluntários). No WIN, lidera a área de relacionamento externo e coordena eventos e atividades fora da empresa relacionados à equidade de gênero. No Intel Involved, lidera a equipe de voluntariados da Intel Brasil e conduz o planejamento e coordenação de atividades de voluntariado corporativo no país.

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