24 de abril de 2020

Aprendizagem como vantagem competitiva

(Créditos: Unsplash)
(Créditos: Unsplash)

Organizações que praticam aprendizagem de alto impacto atingem, em um período de 4 anos, um crescimento nos lucros 3 vezes maior do que empresas que não seguem uma abordagem semelhante. Não à toa 84% dos executivos concordaram que a aprendizagem é uma questão essencial (Tendências Globais de Capital Humano da Deloitte, de 2016).

Esse e outros documentos têm comprovado a relação direta entre aprendizagem, engajamento dos funcionários e construção de uma cultura consistente no ambiente de trabalho.

Mas ainda associamos a aprendizagem ao espaço da sala de aula, seja física ou virtual, em que alguém é responsável por conduzir a jornada de aprendizagem.

Desconsideramos que a aprendizagem ocorre em contextos informais. Segundo uma pesquisa conduzida pela Degreed, as pessoas aprendem muito com pares, com seus superiores, mentores. Aliás, recorrer a pessoas é uma das formas preferidas dos aprendizes, mais até do que buscar na internet.

Por isso, empresas que valorizam a aprendizagem têm buscado criar uma cultura de lifelong learning, a aprendizagem ao longo da vida, o que significa integrar soluções e formatos de ensino formal, informal, não formal. Não significa apenas oferecer cursos online ou presenciais para atender a necessidades pontuais de desenvolvimento, mas sim ações integradas baseadas em diferentes modalidades de aprendizado (formal, informal, não formal), cultura de aprendizagem que incentive a autonomia e a corresponsabilidade dos aprendizes.

Na prática, empresas que vivenciam lifelong learning disponibilizam um valor anual para seus funcionários investirem na formação que quiserem; permitem que os funcionários escolham um assunto que dominem, ensinem seus colegas e ainda sejam premiados por isso; atuam com curadoria social, isto é, os profissionais sugerem e constroem de forma colaborativa os saberes, entre tantas outras ações integradas à cultura da empresa.

A aprendizagem, portanto, integra a estratégia empresarial, não é apenas um programa de desenvolvimento, conduzido por uma área específica e que sofre cortes diante do primeiro sinal de problema financeiro. Aliás, Bill Mc Dermott, CEO da SAP, acredita tão fortemente no desenvolvimento de habilidades de seus funcionários que prega que o único item do orçamento que nenhum gerente pode cortar é a aprendizagem.

Empresas que constroem uma cultura em que a aprendizagem faz parte de sua estratégia geral – sendo algo que os profissionais queiram e gostem de fazer – têm uma clara vantagem num cenário em que reinventar-se, aprender e reaprender são uma constante. Agora, o que a área de Comunicação pode ter a ver com isso é o que vou tratar no próximo texto.

Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor.

Vívian Rio Stella

Doutora em linguística pela Unicamp, idealizadora da VRS Academy. Professora da Aberje, da Casa do Saber e de cursos de extensão da Cásper Líbero. Coordenadora do comitê de comunicação digital com empregados. Apaixonada por pesquisa, aprendizado e comunicação.

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