15 de setembro de 2015

As mulheres estão construindo uma nova relação com o consumo, com a mídia e com a publicidade

Na última quarta-feira (02), a Aberje recebeu as fundadoras do Think Eva para um bate papo sobre a relação da mulher e da mídia no Aberje COMO! Juliana de Faria e Nana Lima apresentaram os resultados de uma pesquisa capaz de retratar a relação das mulheres com a mídia e os reflexos da publicidade atual.

Ao perguntar para mais de mil mulheres sobre a movimentação e as tendências mundiais, a Think Eva se deparou com resultados bem interessantes. Dentre os movimentos das mulheres estão: a busca por protagonismo, a luta por espaço e mudanças no mercado de trabalho, feminismo, sexualidade, empoderamento, nova maternidade, engajamento na tecnologia e novas mídias, entre outras.

E dentro desses movimentos, as mulheres estão construindo uma nova forma de estar no mundo, graças à internet que viabilizou importantes conquistas como canais de produção de conteúdo por e para mulheres, canais de denúncia, voz expressão e apoio legal e emocional.

Os novos tempos permitem às mulheres novas formas de se manifestarem e brigarem por aquilo que acreditam, e também a maneira como elas interagem com a mídia e a publicidade. Identificaram que elas criam ferramentas para combater o sexismo, convidando outras mulheres a participarem e pautam veículos de comunicação. Conectadas e organizadas em diversas comunidades, elas estão ampliando suas opções e assumindo imagens e papéis antes eram exclusivos aos homens.

Nana e Juliana apresentaram o perfil das entrevistadas, as chamadas “Smart Women”. Elas são jovens (74% tem menos de 35 anos), de classe média alta (com renda familiar entre R$ 4.430 e R$ 8.700), são escolarizadas (73,8% com superior completo), brancas que vivem na região Sudeste do país.

Essas mulheres são consumidoras que levantam a bandeira de marcas, são excelentes embaixadoras de causas, desde que estas estejam de acordo com suas crenças e pareçam sinceras.

O grande desejo das entrevistadas é de uma comunicação mais inclusiva e que atenda às suas necessidades. Por exemplo, 73,2% das entrevistadas têm interesse em comunicação de tecnologia, porém 75,7% desse universo acredita que essas empresas se dirigem somente ao público masculino em suas comunicações.

Ao serem questionadas “Quais são os sentimentos e sensações que a publicidade para mulheres desperta em você de forma geral?”, 62,4% das entrevistadas responderam que a publicidade desperta o sentimento de mesmice.

Juliana e Nina deixam claro que nem sempre a mídia e as mulheres estão falando a mesma língua. Ao serem retratadas na publicidade, 85,6% das entrevistadas esperam que a mídia valorize o intelecto feminino, trate as mulheres como seres capazes, como realizadoras. Mas para além da comunicação, o produto também precisa refletir estas características: precisa resolver conflitos reais de forma inteligente. Além de inteligentes, 72% espera que a personagem feminina seja retratada como protagonista; personagens dependentes remetem a uma representação velha e ultrapassada. O sonho da vida não precisa estar relacionado a um amor romântico.

Essa edição do Aberje COMO! teve o apoio da Rede Mulher Empreendedora.

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