Aberje Trends debate as tendências em comunicação

No dia 17 de março aconteceu a 2ª edição do Aberje Trends, que discutiu tendências que impactarão o dia a dia profissional na área da comunicação e como responder aos novos desafios com rapidez e precisão.

Gerenciando crises de imagem

A parte da manhã contou com três painéis, mediados por Eduardo Pugnali, gerente de Inteligência de Mercado do Sebrae-SP. A primeira parte discutiu o papel da comunicação no gerenciamento de crise e construção de reputação na esfera pública, com a presença de Felipe Patury, jornalista, consultor e assessor de comunicação corporativa e crises de imagem. Com ampla experiência tanto na imprensa como em assessorias, Patury apresentou alguns cases de gerenciamento de crises, que deixaram lições valiosas. Por exemplo, restrinja seus instrumentos de ação. Não adianta propor várias ações simultâneas, pois você não conseguirá medir o sucesso e eficácia de cada uma. Restrinja também sua arena de atuação, para atingir o público certo.

Era digital, games e confiança

O segundo painel debateu os novos negócios na era digital, com Fabiana Dias, sócia no Vivei.ro Inovação Social e Marcus Imaizumi, fundador da consultoria de negócios Gamebiz e da Escola Brasileira de Games. Eles apresentaram um panorama sobre as novas tecnologias e suas possibilidades de comunicação. Para Dias, “hoje os profissionais de comunicação necessitam mais de gestão de relacionamento do que gestão de mídia. E isso é bom”. Imaizumi mostrou como os games estão próximos da comunicação e do marketing corporativo. “O objetivo principal de um desenvolvedor de jogos é ter engajamento e retenção do usuário. É a mesma lógica da comunicação”. Ele comentou sobre a gameficação, termo bastante utilizado no mundo corporativo atualmente. “Gameficação não é simplesmente inserir um jogo. Mas sim utilizar os elementos que os jogos têm para engajar o público em seu processo”. São três etapas que o usuário passa: o desafio, a conquista e o prazer.

Para fechar a manhã, Rodolfo Araújo , líder de Marca, Pesquisa e Insights na Edelman Significa apresentou resultados do estudo global Trust Barometer 2017, que mede a confiança da população nas instituições. A pesquisa, que é realizada anualmente, aponta que o mundo está mais desconfiado, com forte efeito nas quatro instituições que são apresentadas (governo, empresas, mídia e ONGs).

História corporativa, dados e comunicação interna

Na parte da tarde, a mediação ficou por conta de Eduardo Saron, superintendente de Atividades Culturais do Itaú Cultural. O primeiro painel foi aberto por Ruediger Borstel, diretor global da História Corporativa e Documentação da Bayer, discutindo sobre o papel estratégico da história na comunicação corporativa. Dando sequência aos debates, Augusto Rocha, sócio da Pmweb, Mateus Silveira, responsável por Future Insights na FCA – Fiat Chrysler Automobiles e Regina Sanchez , responsável por Talentos e HR Analytics no Itaú Unibanco conversaram Como transformar dados em insight. E para finalizar, Alejandro Formanchuk diretor da Formanchuk & Associados trouxe as últimas tendências em comunicação interna.

O alemão Ruediger Borstel ressaltou a importância da história corporativa para a empresa, sobretudo para se criar uma imagem positiva da marca e ajudar a superar crises. Logo em seguida, Regina Sanchez pontuou o uso de dados para melhorar a eficiência no ambiente de trabalho “É preciso usá-los como estatística, e não com achismo. Por exemplo, achar que uma pessoa extrovertida é mais colaborativa não é necessariamente uma verdade”. Ainda sobre a otimização do trabalho na empresa, Alejandro Formanchuk trouxe novas tendências para a comunicação interna e como melhorá-la, explicando que não há mais um “público interno”, e que os comunicadores estão perdendo o poder e o monopólio na comunicação interna.

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