04 de setembro de 2015

6 pequenos exercícios para mudar o mundo

por Carlos Padeiro

 

O painel “Comunicar para transformar”, realizado pela BASF em parceria com a Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) no dia 21 de agosto, em São Paulo, foi um espaço de reflexão sobre pequenas atitudes que podem melhorar o mundo. O painel fez parte do evento de comemoração de 150 anos da multinacional.

A vice-presidente Global de Relações Institucionais da BASF Elisabeth Schick, o Diretor-Presidente da Aberje e Professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) Paulo Nassar, o editor-chefe da Editora Abril e da National Geographic Matthew Shirts, o Diretor Presidente do Instituto Akatu Helio Mattar, o jornalista e criador do site Catraca Livre Gilberto Dimenstein e o cofundador do Educ-ação e Movimento Entusiasmo André Gravatá conversaram sobre soluções para tornar nossa sociedade mais sustentável. Veja uma pequena lista de suas ponderações:

 

1. Não critique apenas; mostre a solução.

Um dos pontos debatidos durante o encontro é o hábito do ser humano (e a grande imprensa brasileira contribui para isso) de mostrar apenas o lado negativo dos acontecimentos. O lado positivo deve ser enaltecido para servir de fonte de inspiração.

2. Todos somos criadores. Não podemos esquecer o poder de transformação que temos em mãos.

A solução não está em apenas uma pessoa. Compartilhar responsabilidades deve ser uma virtude dos seres humanos. Educar é nossa responsabilidade, e devemos nos engajar nisso.

3. Crie intimidade. Assim é possível compreender as diferenças.

Uma forma de superar a intolerância é fomentar relações mais próximas entre as pessoas. Momentos de escuta e de troca são imprescindíveis para isso e aprimoram a sensibilidade. As ideias não devem ser impostas. As pessoas respeitam e valorizam as diferenças quando conhecem seus semelhantes.   

4. A química da vida está nos verbos.

Gilberto Dimenstein brincou com as palavras ao dizer, no evento da companhia cujo slogan é “we create chemistry”, que “a química da vida está nos verbos”. O jornalista citou a passagem bíblica “no princípio era o Verbo (…) E o Verbo se fez carne”. É do verbo, da palavra, que se possibilita a criação. E para estimular o contato e a comunicação entre seus habitantes, as cidades devem ser aperfeiçoadas e humanizadas. Quanto melhores as cidades, mais você tem o verbo.

5. Desenvolva espaços para que as pessoas circulem suas narrativas.

Num mundo global e numa sociedade complexa como a nossa, são inúmeros os pontos de vista. Nesse contexto, as narrativas devem fluir. Deve-se permitir que as narrativas circulem e é extremamente importante refletir sobre o poder das palavras. Muitas vezes, as pessoas são desqualificadas por narrativas. A morte social do indivíduo ocorre quando ele não tem espaço para colocar a sua narrativa, ou quando, por exemplo, enquadramos alguém em expressões como chão de fábrica, alerta Paulo Nassar.

6. Equilibre competitividade, racionalidade e objetividade com cooperação, intuição e subjetividade.

Sustentabilidade é resultado do equilíbrio de valores masculinos com valores femininos, afirmou Helio Mattar. Até pouco tempo, principalmente no ambiente corporativo, os valores masculinos eram os enaltecidos. Hoje, percebe-se uma mudança em curso e há a consciência de que a sustentabilidade só é possível com os valores femininos. A generosidade desarma as pessoas, combate a intolerância e aceita a diferença. É preciso humanizar a comunicação, caminhar em direção ao diálogo.

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